Bloqueios nas estradas

Comandante da PM prevê liberação das rodovias do Paraná até quarta-feira

coletiva comando geral PM
Comandante-geral da Polícia Militar do Paraná, Coronel Hudson Leôncio Teixeira, em coletiva sobre os bloqueios nas rodovias do Paraná. Foto: Rodrigo Cunha / Tribuna do Paraná.

A Polícia Militar do Paraná (PMPR) explicou em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (1°) como estão sendo feitas as operações para liberar o tráfego nas estradas que cortam o Paraná. No início da tarde, a Polícia Rodoviária Federal contabilizava 30 bloqueios totais ou parciais apenas nas rodovias federais.

De acordo com o Coronel Hudson Leôncio Teixeira, comandante-geral da PMPR, as ações policiais ao redor do Estado tem sido bem sucedidas e seguem duas diretrizes fundamentais: desbloquear as rodovias e evitar qualquer tipo de conflito com os manifestantes.

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“As equipes são compostas por negociadores, que vão até o local e identificam as lideranças. A inteligência da Polícia Militar e a Polícia Federal já identificaram as lideranças que serão responsabilizadas por esses atos, e até que as vias sejam totalmente desobstruídas, a gente pede que seja feita essa liberação parcial para que pelo menos esses veículos de emergência consigam passar. Mas o nosso objetivo realmente é fazer a desinterdição dessas vias durante o dia. Presumo que até amanhã nós consigamos fazer isso de forma pacífica, evitando conflito ou uso de tropa de choque nesse tipo de ação”, resumiu.

O comandante-geral relatou que as abordagens policiais feitas até o momento têm sido bem sucedidas e que não houve nenhum caso em que foi necessário o uso da força.

“As abordagens que estão sendo feitas estão sendo acolhidas e nós não tivemos nenhuma pessoa encaminhada para lavrar um termo circunstanciado ou mesmo presa em flagrante”, contou, lembrando que os policiais estão preparados para adotar medidas mais fortes caso as negociações fracassem.

“Nós acreditamos na boa fé das pessoas e ocorrendo isso de uma pessoa orientada a desobstruir a via, uma liderança ou vários caminhoneiros que forem orientados a desobstruir aquela via forem para outro ponto, aí não cabe mais a negociação. Essas pessoas serão encaminhadas, dependendo do crime que cometerem naquele momento, se for só a desobediência, para um cartório, para lavratura de um termo circunstanciado, e posteriormente serão responsabilizadas com a multa que foi estipulada. Então, em um primeiro momento é a negociação, para dar a oportunidade para que aquela pessoa desobstrua aquela via, e em um segundo momento não cabe a negociação e sim o encaminhamento daquela pessoa que está reincidindo naquela ação”, completou.

Preocupação com desabastecimento

O comandante-geral também relatou a preocupação com o desabastecimento que eventualmente pode ocorrer caso as rodovias sigam bloqueadas e relembrou do que ocorreu na grande paralisação dos caminhoneiros em maio de 2018.

“O número exato [de participantes dos protestos] nós não temos, mas sabemos que a maior concentração está na região Oeste, em Cascavel, Foz, Toledo, e o prejuízo causado pode ser semelhante ao que aconteceu em 2018, em que nós tivemos problemas causados pela paralisação dos caminhoneiros, que foi a falta de combustíveis nos postos, o que já ocorreu até o momento apenas em Campo Mourão, mas já foi reestabelecido [o abastecimento]. E tem outras questões de transporte de alimentos, de ração para animais, de animais que ficam parados nesses bloqueios e agora, se persistir dessa forma a situação, isso pode se repetir”, concluiu.

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