O secretário estadual de saúde Beto Preto reforçou nesta quarta-feira (15) a recomendação do isolamento social para combater o coronavírus no Paraná. Segundo ele, o Paraná ainda não atingiu o pico da doença. “Temos contágio, transmissão comunitária e precisamos da colaboração da sociedade para manter um equilíbrio”, salientou.
O decreto mais restritivo do governo do estado para Curitiba, região metropolitana e mais seis localidades foi suspenso pelo governador Ratinho Junior nesta terça-feira (14). Mesmo com a decisão, o secretário da saúde Beto Preto reforçou que o governo estadual quer atuar em parcerias com as prefeituras, instituições setoriais, empresas e a própria sociedade para enfrentar o avanço do novo coronavírus.
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O secretário ressaltou que a quarentena restritiva imposta em sete regionais (Cascavel, Curitiba e região, Toledo, Foz do Iguaçu, Cianorte, Londrina e Cornélio Procópio), ajudou a desacelerar a pandemia no Paraná. Porém, os dados técnicos diários da vigilância precisam continuar orientando as ações em todos os municípios.
Isolamento abaixo do esperado
Segundo Beto Preto, a adesão às determinações do decreto restritivo do governo ficou abaixo do esperado e a taxa de isolamento social nas cidades não atingiu o nível desejado. Entre os dias 1º e 13 de julho, a média de isolamento foi de apenas 41,3%. A meta era alcançar pelo menos 50% de isolamento no Paraná. “Vamos chegar no dia 20 de julho com os números previstos para o dia 12. Controlamos a subida da curva, mas temos insistido nessa questão porque ainda não chegamos em um patamar ideal”, acrescentou o secretário.
No entanto, o secretário admitiu a importância da quarentena restritiva para equilibrar os estoques dos medicamentos analgésicos, com a interrupção das cirurgias eletivas e para aumentar a marge de tempo para o Paraná ampliar a oferta de leitos de UTI em todo o estado.
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Em julho, a secretaria abriu 106 novos leitos de UTI para adultos. No total, 913 leitos estão disponíveis para a rede pública, aumento de 70% em relação a disponibilidade que havia antes da pandemia.
“Buscamos sempre o equilíbrio. Sem a primeira quarentena não chegaríamos preparados em quantidade de leitos e equipes nesse período mais difícil de inverno. Montamos uma estrutura robusta, são três hospitais regionais novos, unidades de retaguarda e equipamentos de primeira linha”, acrescentou Beto Preto.