Largo da Ordem

Com policiamento, bloco se apresenta com tranquilidade

Começou de forma tranquila a última apresentação deste ano do bloco carnavalesco Garibaldis e Sacis, neste domingo (12). Apesar da confusão ocorrida na última semana, quando alguns foliões saíram feridos depois de ação violenta da Polícia Militar para conter arruaceiros, centenas de pessoas resolveram voltar ao Largo da Ordem para curtir a festa. Para consagrar o clima de paz que esperavam para este domingo, integrantes do bloco iniciaram a apresentação com a música “Bandeira Branca”, pouco antes das 17 horas.

O presidente da Associação Recreativa e Cultural Amigos do Garibaldis e Sacis, Itaércio Rocha, acredita que não há motivos para deixar que o ocorrido da semana passada atrapalhe a festa deste domingo. “Não vale a pena ficar resmungando sobre o que aconteceu. Temos que acreditar que hoje vai ser muito melhor, que vamos ter paz”, comenta. Ele defende a ideia de que todos que estiverem acompanhando a apresentação do bloco neste último fim de semana antes do Carnaval façam valer o lema da “bandeira branca”.

Mesmo com o clima de paz no início da apresentação, inclusive com distribuição de bandanas brancas que foram usadas como verdadeiras bandeiras durante a execução da marchinha, os foliões não escondiam o medo de que algo pudesse dar errado novamente. Grávida, a operadora de produção Evelin Jaqueline não quis deixar de curtir a festa, mas preferiu ficar em um canto mais afastado devido ao receio de se envolver em alguma confusão. “Decidi vir porque ouvi dizer que ia ter mais policiamento, mas, na verdade, temos medo até da polícia”, explica.

Por outro lado, a confusão do último domingo também serviu para que mais gente conhecesse o evento pré-carnavalesco que tem feito tanto sucesso em Curitiba. As irmãs Ilana, Elaine e Cecília Narloch foram algumas das pessoas que decidiram ir ao Largo da Ordem pela primeira após “descobrirem” a existência do bloco Garibaldis e Sacis por meio das reportagens veiculadas pela imprensa sobre o ocorrido. “Como curitibanas tradicionais, não sabíamos que esse evento existia porque faltava divulgação. Hoje resolvemos participar porque descobrimos que existe e é muito legal”, comenta Ilana.

Para o aposentado Carlos Garcia, as autoridades demoraram a perceber que o evento exigia acompanhamento. “Essa quantidade de policiais que estamos vendo hoje já deveria estar aqui nos outros dias do bloco e, é claro, atuando de forma preventiva e amigável, não ostensiva e arrogante, como aconteceu na semana passada. Ainda mais porque todo mundo está aqui para curtir, não tem bandido nenhum”. De acordo com a Polícia Militar, foram destacados 50 policiais fardados e dez à paisana para acompanhar o evento neste domingo. Garrafas de vidro foram proibidas e comerciantes foram colocados nas extremidades da passagem para evitar confrontos, segundo o tenente Fernando Cantador, responsável pela operação.

Veja na galeria de fotos a festa.

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