Preservar o meio ambiente, além de propiciar lazer, educação e cultura através de atividades voltadas à prática esportiva, ao estudo científico e à contemplação de belezas naturais é o objetivo do turismo rural. No Paraná, existem 1.200 propriedades propícias a esse tipo de turismo, sendo que 570 estão na região de Curitiba.
Das localizadas nas proximidades da capital, 159 estão abertas aos visitantes. Elas estão principalmente nas regiões de Colombo, São José dos Pinhais, Almirante Tamandaré, Campo Largo e Piraquara. Possuem, segundo a Emater, um público de cerca de dois milhões e meio de pessoas, são consideradas opções turísticas mais baratas e geram desenvolvimento às comunidades onde estão instaladas.
Circuito italiano
Entre os municípios que se preocupam com o turismo rural, Colombo, a 19 quilômetros de Curitiba, é considerado pioneiro. Conhecido por sua grande produção de uvas, o lugar abriga um circuito italiano, que ajuda os visitantes a identificar as opções de turismo rural da região.
Com 52 empreendimentos, o circuito foi criado no dia 5 de fevereiro de 1999 pela Secretaria Municipal da Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente. Gera 208 empregos diretos e 318 indiretos. No ano passado, recebeu cerca de 127.200 visitantes, inclusive estrangeiros.
O principal atrativo do circuito é o Parque Municipal Gruta do Bacaetava, criado há dois anos e aberto à visitação pública gratuita de quarta-feira a domingo, das 8h30 às 11h30 e das 13h às 16h30. A gruta do Bacaetava foi descoberta há cerca de 106 anos pelos primeiros imigrantes italianos que chegaram a Colombo. Durante a II Guerra Mundial, serviu de abrigo a filhos de imigrantes que não queriam deixar suas casas e familiares para participar de combates.
A gruta é muito escura. Os visitantes só podem entrar na companhia de guias e com o auxílio de lanternas. Na área interna, existem formações rochosas que formam desenhos lembrando diversos objetos. Turistas podem identificar uma rocha no formato do rosto de Jesus Cristo e outras que lembram uma mão, uma abóbora e uma caveira.
À cavalo
Também para os aventureiros, Colombo abriga propriedades que oferecem passeios à cavalo. É o caso da Estância Roseira, localizada na Estrada da Roseira. “Os passeios são feitos por trilhas e na companhia de guias. Como a maioria dos visitantes não têm muita intimidade com os cavalos, os passeios são feitos em áreas planas. Os animais são bastante dóceis para que ninguém se assuste”, conta o proprietário Antônio Sperandio.
Na estância, as cavalgadas de meia hora custam R$ 15 e as de uma hora R$ 20. Para quem vai passar o dia, há almoço, campo de futebol, redes, charrete, lago e parque infantil. Para quem fica mais de um dia no lugar, a diária é de R$ 35 por pessoa. São disponíveis quatro apartamentos duplos.
Visitante tem acesso às áreas de plantio
Diversas propriedades do município se dedicam ao cultivo de produtos orgânicos e hortaliças. É o caso do sítio Mãe Terra e da propriedade Gasparin, que também conta com pesque-e-pague.
Em ambas, o turista pode obter informações sobre a produção orgânica e comprar frutas, verduras e leguminosas. Os proprietários permitem que as pessoas visitem as plantações e escolham elas mesmas o que pretendem levar para casa.
Sítios
No sítio Mãe Terra, também são fabricadas geleias e sucos naturais com morangos e uvas cultivadas de forma orgânica. “Nos preocupamos muito em oferecer produtos saudáveis e de boa qualidade. Também nos importamos com a preservação do solo, da água e da saúde do trabalhador rural.
Todos que quiserem ter um contato maior com a natureza, podem nos procurar”, diz a proprietária Fátima Bianchini.
Os produtos cultivados ou fabricados no sítio, na propriedade Gasparin e em outras propriedades de Colombo, também podem ser encontrados à venda na Associação dos Produtores Agrícolas de Colombo (Apac), localizada nas proximidade da Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário.
O bom vinho de colônia também não pode faltar
As vinícolas são uma atração à parte em Colombo e recebem mensalmente a visita de dezenas de pessoas.
A Pedrinho Strapasson, no bairro de Sapopema, e a Franco Italiana, próxima a rodovia da Uva, são consideradas as mais tradicionais. As duas passaram de pai para filho, permitem que os turistas visitem os parreirais e oferecem degustação de vinhos rosado, tinto ou branco. “A quem nos visita, explicamos o processo de produção do vinho e apresentamos os nossos produtos”, explica o proprietário Dirceu Rauses Camargo.
Em Colombo, também se pode visitar outras propriedades de pesque-e-pague, restaurantes com comidas típicas italianas, igrejas, casas de artesanato e orquidários.
Serviço: Posto de Informações Turísticas de Colombo. Fone (41) 656-6639.