Moradores de Colombo e municípios próximos, na Região Metropolitana de Curitiba, acordaram cedo ontem para louvar Nossa Senhora de Caravaggio, cujo dia coincidiu com o feriado de Corpus Christi. Às 6h, uma procissão teve início a partir da Igreja Matriz de Colombo. Quatro horas depois, após uma caminhada de doze quilômetros, cerca de 10 mil fiéis chegaram à capela de São Pedro.

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No local, foi realizada uma missa, celebrada pelo arcebispo de Curitiba dom Moacyr Vitti, seguida de bênção do santíssimo sacramento. A procissão e a celebração religiosa em homenagem à Nossa Senhora de Caravaggio acontece há 29 anos, sempre no dia 26 de maio. ?Geralmente recebemos entre 4 e 5 mil fiéis. Este ano, a quantidade de gente foi surpreendente. Acredito que muitas pessoas puderam vir porque Corpus Christi caiu no dia de Nossa Senhora de Caravaggio?, disse o padre da Paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Colombo, Marcos Azevedo.

Dom Moacyr não conhecia o evento religioso, participando dele pela primeira vez. Ele se mostrou contente com a manifestação de fé.

Tadeu Cândido Protachewski participou da procissão em 2003 e resolveu voltar este ano, acompanhado da esposa e da filha. ?Vim para agradecer por minha família e para pedir paz e saúde. Nossa Senhora protege os que estão perto dela.? No princípio do século XV, no lugarejo de Caravaggio, a 38 quilômetros de Milão, na Itália, vivia uma jovem chamada Giannetta Vacchi, que era muito devota a Nossa Senhora. Contra a vontade, ela se casou com Francisco Varoli, considerado um verdadeiro carrasco. Em 26 de maio de 1432, o marido agrediu-a de forma brutal. Ao vê-la ferida, ordenou-lhe que fosse juntar feno. Giannetta obedeceu e dirigiu-se ao campo ?Mazzolengo?. Quando o dia terminou, ela olhou para o monte de feno recolhido e sentiu que não teria forças. Temendo ser castigada novamente pelo marido, implorou ajuda de Nossa Senhora. De repente, ela viu uma senhora com os ombros cobertos por um manto azul e um véu branco sobre a cabeça. Depois de abençoar a jovem, a senhora desapareceu, deixando no solo os sinais de seus pés. Giannetta beijou as santas pegadas e depois se afastou, retornando à aldeia onde vivia. Por onde passava ia narrando o que tinha visto e ouvido. Todos acreditavam em sua palavra. Uma fonte começou a brotar no local da aparição e os milagres tiveram início.

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