O número de pessoas pedindo ajuda para se livrar de colméias instaladas em casas e empresas vem aumentando nos últimos anos nas áreas urbanas de Curitiba e região. A informação é da Associação Paranaense de Apicultores (APA). Segundo o presidente da entidade, Sebastião Ramos Gonzaga, de 12 solicitações que ocorriam entre a primavera e o verão, o número passou para 80.
Sebastião diz que o desmatamento faz com que as abelhas procurem áreas urbanas para se instalar e, nos últimos anos, os pedidos para que as colméias sejam retiradas vêm aumentando. Eles ocorrem principalmente de setembro a fevereiro, época de florada e da formação de novas colméias.
Ele explica que a entidade não faz esse tipo de serviço, mas indica apicultores que estão preparados para o trabalho, que exige muito cuidado. Gonzaga explica que a população quer que o serviço seja feito de graça, mas a entidade não tem essa atribuição e nem verba para isso. Diz que a atividade dos apicultores é realizada a 80 quilômetros da região de Curitiba e não são as abelhas dos produtores que estão incomodando os moradores das áreas urbanas.
Chamados
Cirineu Palivoda diz que, há um ano e meio, ele fundou uma empresa para atender aos chamados. De 12 registrados por dia no começo, ele atende agora entre 35 e 45 na Grande Curitiba e litoral. O valor mínimo cobrado é de R$ 130. Porém fica mais caro conforme a distância e o grau de dificuldade para a retirada das abelhas. Ele ainda destaca que é perigoso tentar remover os animais sem ter conhecimento das técnicas e equipamentos necessários. Ele também não atende casos em que as abelhas já foram molestadas e estejam atacando as pessoas. As abelhas que ele recolhe não são mortas. Elas são enviadas para reservas ambientais.
Segundo o diretor do Departamento de Zoológico da Prefeitura de Curitiba, Marcos Traad, o município captura as abelhas quando elas estão instaladas em equipamentos públicos. Em propriedades particulares fica a cargo do proprietário. Em caso de acidente, que as abelhas estejam atacando, deve-se solicitar ajuda do Corpo de Bombeiros. Segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde, são raros os casos graves de ataques de abelhas registrados na cidade.