Após dois dias e uma noite de paralisação, os funcionários da empresa Transresíduos, que realiza o serviço de coleta de lixo no município de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), decidiram retornar ao trabalho na noite de ontem.
Representados pelo Sindicato de Asseio e Conservação (Siemaco), os coletores, que reclamavam uma alteração do registro profissional, aceitaram o acordo proposto pela empresa. Durante a greve, iniciada às 7h30 da última quarta-feira, deixaram de ser recolhidas cerca de 250 toneladas de lixo no município.
Segundo o Siemaco, ao invés de coletores de lixo, os empregados foram registrados como ajudantes de motorista, o que impedia que o Siemaco pudesse negociar o dissídio salarial com a empresa.
Além de corrigir o que o Siemaco definiu como um desvio de função, a Transresíduos teria concordado em acabar com o banco de horas, considerado prejudicial aos coletores, além de aceitar a pagar hora extra nos finais de semana.
A empresa também teria se comprometido a não descontar os dias parados e garantido a estabilidade dos coletores até que sejam concluídas as negociações do dissídio salarial.
“Consideramos essa alteração uma vitória, já que a empresa estava irredutível na negociação. Esperamos que agora as tratativas possam fluir mais facilmente”, disse o presidente licenciado do Siemaco, Manassés Oliveira.
Os funcionários reivindicam reajuste de 30% no salário e de 15% no vale alimentação, além do fim do banco de horas, que não teria sido avalizado pela categoria.
A Transresíduos não comentou o assunto, porém a prefeitura de São José dos Pinhais informou que a empresa já demonstrou interesse em reajustar os salários acima do índice da inflação.
