O Colégio Estadual Humberto de Alencar Castelo Branco, no Jardim Weisópolis, em Pinhais, está servindo de exemplo no combate à violência. Nos últimos nove meses, a instituição de ensino passou por uma série de melhoras que resultaram numa diminuição considerável do problema. Conforme o diretor do colégio, Nelson de Oliveira, a situação foi atenuada em 60%.
Oliveira contou que devido às gangues que existem na região, e que acabavam tendo que conviver no mesmo colégio, o local era muito violento. Hoje, a violência acontece nas cercanias do local. Já dentro das divisas da escola há quase uma nulidade de atos violentos.
Entre as atitudes tomadas pela direção do colégio está a delimitação com maior rigor da área do colégio. Os muros e paredes foram aumentados e para a entrada passou-se a exigir uma carteira de identificação dos alunos. A secretaria foi mudada estrategicamente de local. Passou a ficar bem próximo à saída da escola. Assim, as pessoas de fora da comunidade escolar não precisam mais entrar no território do colégio para fazer qualquer tipo de consulta. Além disso, trabalhos de valorização do aluno estão sendo feitos. Hoje, o Humberto de Alencar Castelo Branco conta com uma horta comunitária, uma rádio comunitária, um coral e programas para prática de futebol e skate, feitos com a ajuda dos pais dos alunos. “Estamos valorizando o colégio e fazendo com que os alunos sintam que eles fazem parte dessa valorização”, explicou o diretor.
Ele lembrou que ainda existem alguns problemas como o alcoolismo, principalmente devido à proximidade de estabelecimentos que vendem bebidas alcóolicas e o furto de objetos, como bonés, por exemplo. “Para solucionar esses outros 40% que nos preocupam, teremos que conscientizar os alunos. Para isso, sempre realizamos alestras para eles”, contou Oliveira.