Famílias com renda entre R$ 1,6 mil e R$ 3,1 mil inscritas no cadastro da Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab) estão sendo convocadas para a compra de apartamentos no Residencial Cidade de Broni, conjunto de 512 unidades que será construído no bairro Campo de Santana.
Nesta semana os convocados estão participando de reuniões informativas sobre o empreendimento e as condições de financiamento. A comercialização das unidades está sendo feita “na planta”, ou seja, antes do início das obras. Após a reunião, os interessados em adquirir um apartamento devem encaminhar a documentação para aprovar o financiamento junto à Caixa Econômica Federal.
O empreendimento
O condomínio será dotado de área de estacionamento e de recreação, além de salão de festas com churrasqueira. Os apartamentos, com dois quartos, terão área útil de 42 metros quadrados. “O conjunto está localizado em região bem atendida por equipamentos públicos como escola, creche e unidade de saúde”, afirma o secretário municipal de Habitação, Osmar Bertoldi.
Para a construção do Residencial Cidade de Broni serão investidos R$ 38 milhões. O valor das unidades é de R$ 72 mil para os apartamentos térreos e R$ 75 mil os demais. A aquisição pelas famílias interessadas poderá ser financiada em até 25 anos e, conforme a faixa de renda familiar, poderá incluir subsídio (desconto de até R$ 17 mil no preço final do imóvel). Quanto menor a renda maior é o subsídio.
O financiamento terá juros de 5% a 6 % ao ano, valor abaixo das taxas praticadas no mercado. Quem tem FGTS ou poupança poderá utilizar este recurso para abater no financiamento e reduzir a prestação mensal, que também é variável de acordo com cada orçamento. Uma família com renda de R$ 1,6 mil vai pagar uma parcela de aproximadamente R$ 430.
Sonho da casa própria
Siomane de Oliveira, 26 anos, foi confiante à reunião informativa, levando o consigo o pequeno Guilherme, de um aninho. Após ouvir as explicações, ela agendou a entrega de documentos. “Vou providenciar toda a documentação necessária e ficar na torcida para ser aprovada. Achei os valores muito atrativos”, afirma.
Atualmente ela, o filho e o marido vivem em uma casa alugada no bairro Campo Comprido. “Já faz dois anos que estamos pagando aluguel. É duro, pois é um dinheiro que vai embora. Estou esperançosa que agora vamos realizar o sonho da casa própria”, diz Siomane.
O casal Luis Augusto Pereira, 47, e Juliana Oliveira, 30, também quer fugir do aluguel. Eles pagam R$ 400 mensais para morar em uma casa no Tatuquara. Compareceram à reunião levando o Luís, de apenas dois meses. “Por um valor parecido vamos pagar por algo que será nosso e poderemos deixar para os filhos. Temos a vantagem de já conhecer o local e gostamos muito de viver na região”, diz ele.
O analista de suporte Esmael da Conceição, 23, mora com a esposa Valéria, 20, na casa da mãe dela, no Campo do Santana. O jovem casal precisa de seu próprio espaço, para criar a Gabrielly, de três anos. “Queremos ter mais privacidade, além de poder deixar minha mãe mais descansada. Estamos bem empolgados, pois um apartamento desta qualidade por um preço deste, não encontraríamos em nenhum outro lugar”, ressalta ela.