Quem se arriscaria a entrar numa sala cheia de cobras, lagartos e outros répteis? No Museu de História Natural de Curitiba “Capão da Imbuia” isso é possível, sem o menor risco. De tão importantes para a manutenção do ecossistema brasileiro, esses animais ganharam um espaço especial de exposição, aberta ao público na última sexta-feira.
Para montar a sala dos répteis, os biólogos utilizaram 27 peças, como o esqueleto de uma cobra píton de 4,7 metros de comprimento e o couro de uma sucuri de 6,5 metros de largura. Tem também cascos de tartarugas e animais taxidermizados (empalhados). Cada peça tem a descrição do nome e característica do animal.
Dentro da sala, o visitante tem a oportunidade de conhecer os diversos tipos de ambientes nos quais ocorrem répteis, como o aquático, o cerrado, os campos e a área rural.
A exposição conta com uma peça de jacaré-do-papo-amarelo doada ao museu pela Igreja do Cabral há mais de 20 anos. Segundo a chefe do museu, Gilda Maria Siqueira Tebet, uma curiosidade é o casco de um jabuti aberto, mostrando o esqueleto do animal. “Poucas pessoas tiveram oportunidade de ver a estrutura interna de um quelônio e saber que uma das características desse animal é a coluna vertebral inserida na carapaça”, explica Gilda.
Apesar de ter um cunho didático, a exposição atrai pela curiosidade das peças, e pode ver visitada por pessoas de qualquer idade. As escolas interessadas em ter visitas orientadas por técnicos podem agendar pelo telefone 336-3133.
O prédio de exposição do Museu de História Natural funciona de terça-feira a domingo, das 9h às 17h30. O endereço é rua Professor Benedito Conceição, 407. De ônibus, o acesso pode ser feito através das linhas Cajuru e Interbairros II ou qualquer linha que pare no Terminal Capão da Imbuia.