A terapia em grupo está se tornando uma prática cada vez mais constante entre homens e mulheres que necessitam de apoio psicológico. Muitas pessoas preferem compartilhar suas angústias e aflições com outras, que vivenciam os mesmos problemas, a dividi-las apenas, entre quatro paredes, com o terapeuta.
Muitas clínicas iniciam grupos de trabalho voltados a descasados, recasados, obesos mórbidos pós-cirurgia de redução de estômago, mulheres que amam demais, crianças com familiares com doenças crônicas, casais, pessoas com baixa auto-estima, homens tímidos, entre outros.
Segundo a psicóloga Rosângela Arruda, responsável pelo Instituto do Comportamento, de Curitiba, a terapia em grupo tem uma série de vantagens ? a primeira delas é o preço. “O tratamento em grupo tem sido uma forma de tornar o tratamento psicológico acessível a uma camada maior da população. O custo das sessões é dividido entre todos os participantes”, explica.
O ideal é que um grupo tenha no máximo dez integrantes, viabilizando o trabalho do terapeuta e permitindo que todos os participantes tenham tempo para expor seus problemas. “No decorrer da terapia, há uma grande identificação entre os participantes, pois eles costumam ter objetivos em comum”, comentam as psicólogas Ana Paula Fernandes Carvalho e Maria Tereza Orlando.
A terapia em grupo permite que os pacientes percebam que não estão sozinhos com seus problemas, que existem outras pessoas com angústias parecidas e enxerguem soluções diferentes para aquilo que os aflige. “Normalmente, surge uma grande compaixão entre os participantes. O indivíduo se sente pertencente a um grupo e é trabalhado como um todo”, diz Ana Paula.
Foi a necessidade de pertencer a um grupo que fez com que a assistente administrativa A.I. buscasse uma terapia de grupo. Ela, que também já fez terapia individual, aprovou a técnica. “Entrei para um grupo após passar por uma cirurgia de redução de estômago. Foi muito interessante compartilhar experiências com outras pessoas. Identificamos medos em comum e trocamos conselhos”, lembra.
Os tratamentos em grupo, assim como os individualizados, costumam ter começo, meio e fim. Geralmente, os grupos participam de dez sessões de terapia. Após o término, muitas pessoas decidem continuar com o grupo, participar de outros ou formar novos grupos.