Ciganos e Prefeitura de Araucária em conflito

O presidente da Associação de Preservação da Cultura Cigana, Cláudio Iovanovitchi, vai hoje a Brasília para expor à Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial a decisão judicial que determinou a retirada de um grupo de ciganos acampados em Araucária, Região Metropolitana de Curitiba (RMC). A reintegração de posse do terreno foi dada ao município, autor da ação, no final de março. Os ciganos saíram pacificamente do local. A associação também promete entrar com uma ação indenizatória na Justiça contra a Prefeitura, alegando danos morais.

A justificativa dada pelo município foi que a população reclamava de mau cheiro ocasionado pelas condições de higiene. ?No entanto, a Vigilância Sanitária foi deslocada para fazer um laudo no local tendo na equipe uma médica veterinária?, lamenta o cigano. Um técnico em saneamento também acompanhou a avaliação, que, de acordo com o texto da liminar, detectou condições insalubres, precariedade de instalações e manutenção de resíduos a céu aberto. ?Mas isso foi porque cortaram a água deles?, justifica o presidente.

O cigano diz que vai entrar na Justiça. ?Será uma ação de dano moral coletivo por discriminação e preconceito étnico racial contra o município no valor de R$ 1,6 milhão para que seja usado por nossa associação em prol de causas como essa.?

A Prefeitura de Araucária afirma ter agido dentro da legalidade e atendendo a solicitações de moradores e comerciantes. O município também entende que a associação está agindo dentro de seus direitos ao entrar na Justiça com uma ação de danos morais. 

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