Cidade vive um dia sem carro

Curitiba tem hoje o primeiro “Dia sem Carro” da cidade. O prefeito Cassio Taniguchi convida todos os curitibanos a deixar o carro em casa e andar a pé, de bicicleta ou de ônibus pelo menos por um dia. Cassio vai dar o exemplo e usará ônibus para ir ao trabalho, na Prefeitura.

A campanha “Dia sem Carro” começou há seis anos, na França, e espalhou-se pelo mundo todo. Duas mil cidades, cerca de 50 no Brasil, interrompem hoje o tráfego de veículos particulares em algum ponto da cidade.

Em Curitiba, pela primeira vez, sete quilômetros quadrados de área no coração da cidade serão fechados durante o dia inteiro. Essas 72 quadras centrais vão se somar a outras 14 quadras bloqueadas em quatro bairros, por iniciativa da própria comunidade. Especialistas na área de trânsito e transporte urbano estão curiosos para saber quais serão os resultados da campanha.

Experiência

O consultor da área de Transporte Público, Garrone Reck, que também é professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), está na torcida para que o curitibano se conscientize. “As pessoas precisam entender que se todo mundo resolver andar de carro, a cidade simplesmente pára. O ?Dia sem Carro? não será a solução de todos os problemas, mas é um exercício coletivo de reflexão muito positivo”, disse ele. O professor já acompanhou duas edições do “Dia sem Carro” em Bogotá, capital da Colômbia, onde o trânsito fica impedido na cidade inteira. Dessa observação, ele conclui que “a restrição ao tráfego de automóveis pode forçar as pessoas a uma mudança de hábito e de conceitos”.

Quem não está acostumado a pegar ônibus e quer saber qual a melhor linha para chegar até o trabalho ou escola, pode usar a internet para montar o roteiro. Na site da Prefeitura, basta clicar no item “Itinerários de ônibus” no menu do lado esquerdo da página.

A central telefônica 156, que atende 24 horas por dia, todos os dias da semana, oferece o mesmo serviço. Basta informar o destino com o nome da rua e o número, ou cruzamento mais próximo, ou ainda a referência de um equipamento público municipal (escola, unidade de saúde, etc.) para saber quais linhas passam num raio de até 500 metros do local desejado.

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