Ciclistas pedem mais segurança em Curitiba

Pelo menos três vezes por semana, Luiz Carlos Gomes vai de casa para o trabalho de bicicleta. No caminho do bairro Água Verde para o Batel, em Curitiba, ele gasta cerca de 15 minutos, que lhe permite economizar e evitar o congestionamento do trânsito. Ciclistas que, como Gomes, reclamam da falta de segurança no trânsito, participaram ontem de uma manifestação em frente à Prefeitura, organizada pelo movimento Bicicletada Curitiba.

O grupo foi recebido pelo secretário municipal de Governo, Rui Hara, que explicou que a equipe técnica criada em setembro pela Prefeitura está estudando a mobilidade urbana e formas alternativas de transporte, como a implantação de ciclofaixas, uma das reivindicações do movimento. ?Ao lado direito da pista, a ciclofaixa, com largura aproximada de 1,20 metro, segue o sentido do fluxo do trânsito e garante o direito da utilização da bicicleta como meio de transporte, previsto pelo Código de Trânsito?, explicou Gabriel Nogueira, integrante do Bicicletada. ?A rede de ciclovias de Curitiba liga parques a outros parques, mas não são rotas que os trabalhadores possam usar?, reclamou Nogueira.

Para comparar os impactos sociais e ambientais de diferentes meios de transporte, o Bicicletada também promoveu ontem o Desafio Intermodal, com a participação de ciclista, motorista, motociclista, usuário de transporte público e pedestre, que saíram de um mesmo ponto, passando por um ponto intermediário, e chegaram a um mesmo destino.

Bicicletários

A implantação de bicicletários (espaço para deixar as bicicletas) é outra luta do movimento. Uma licitação para a ocupação de seis bicicletários públicos será feita pela Urbanização de Curitiba S.A. (Urbs). No Parque São Lourenço; no Jardim Botânico; no Centro Cívico; nas Ruas da Cidadania do Pinheirinho e do Carmo e no Santa Quitéria poderão ser oferecidos serviços de conserto, venda e aluguel de bicicletas e peças, além do estacionamento de bicicletas. De acordo com a Prefeitura, a infra-estrutura desses espaços já está pronta e o contrato de permissão de uso dos bicicletários terá duração de cinco anos, renovável por igual período.

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