O Projeto Rotas Curitiba é o mais novo reforço para fugir do trânsito caótico do fim da tarde, no Centro de Curitiba. Entre 17 e 19h, a ciclista Emanuelle Soares percorre de bicicleta as principais ruas da região e, munida de celular com acesso à internet, posta boletins em tempo real no site www.rotascuritiba.com.br e nas redes sociais twitter e facebook. O projeto funciona há um mês e até o momento o foco foi identificar os problemas que atrapalham a fluidez do trânsito, como obras e locais de retenções crônicas. “A partir de agora vamos colaborar com rotas alternativas”, conta Emanuelle.
Para não ter surpresas desagradáveis, a advogada Agnes Aline Cantelli Dilay Brizola, que trabalha na Praça Rui Barbosa e mora no Juvevê, acompanha diariamente as postagens. “Quero evitar caminhos complicados para chegar o quanto antes em casa”, diz. Para ela, o alto volume de carros não é o único vilão do trânsito pesado. A má educação e as imprudências causam acidentes e impactam no bom andamento dos veículos devidos a acidentes. “É preciso mudar também a relação de dependência. Não é necessário ir à padaria ao lado da sua casa de carro. As pessoas precisam sair da zona de conforto e usar os veículos de forma comedida”, sugere.
Emanuelle faz coro com a advogada e afirma que flagra constantemente o desrespeito às leis de trânsito e a ausência de uso das setas. As observações sobre o comportamento do motorista e estrutura da cidade serão argumentos para uma pesquia que a Universidade Federal do Paraná irá desenvolver em breve, para a formulação de políticas públicas para a mobilidade urbana, com o patrocínio do Grupo Noster, idealizador do Rotas Curitiba.
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