As fortes chuvas que atingem o Paraná desde sábado mantêm 856 pessoas desalojadas. Esse número chegou, segundo novo boletim da Defesa Civil divulgado ontem, a 1,3 mil. Pela manhã, 1.016 ainda permaneciam desalojadas. Ao todo, cerca de 700 mil pessoas foram atingidas direta ou indiretamente pelas consequências das tempestades. A maioria é de pessoas que sofrem com a falta de água, em Londrina e região.
A Defesa Civil informa ainda que 10,1 mil paranaenses foram afetados diretamente pelos estragos provocados pela chuva em 36 cidades.No boletim anterior, eram 30 municípios afetados pela tempestade. Em Rolândia, um motorista de ônibus está desaparecido desde segunda-feira.
Segundo a prefeitura da cidade, alguns prédios públicos foram tomados pela água e estão interditados. Dezenas de casas apresentam graves rachaduras, muros caíram, casas estão alagadas, vias rurais destruídas e ruas congestionadas.
O órgão aponta que 126 pessoas permanecem desabrigadas.
Contam como desabrigados quem perdeu a casa e está em um abrigo público. Quem está desalojado saiu de casa, não necessariamente a perdeu, e não está em abrigo público — mas na casa de um parente ou amigo. Ao todo, foram contabilizadas 595 casas danificadas em todo o estado.
Norte castigado
Em Jataizinho, no Norte Pioneiro, há o maior número de desalojados: 350. A cidade também concentra o maior número de afetados diretamente pela chuva, com 6,4 mil pessoas
Segundo o Simepar, o volume de chuvas que atinge a região Norte chega 340 milímetros nas últimas 48 horas, nível superior à média histórica para todo o mês de janeiro, que é de 212 milímetros. Uma barragem localizada na região de Apucaraninha, em Tamarana, está com mais de seis metros acima da média e é monitorada pela Copel.