Caos

Chuvas castigam a Grande Curitiba

As chuvas, que não deram trégua no Estado nos últimos dias, também causaram problemas na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Em Campo Magro, 80 pessoas ficaram desabrigadas, outras 100 desalojadas e 150 casas foram atingidas.

Em Almirante Tamandaré, a prefeitura acionou, na manhã de ontem, um plano de emergência para socorrer os atingidos pelos alagamentos. Até o transporte público ficou comprometido: o terminal, no Centro, foi interditado e vias próximas à garagem dos ônibus metropolitanos ficaram alagadas.

A BR-476 (Estrada da Ribeira) teve pelo menos oito quedas de barreiras, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal. O tráfego foi parcialmente interditado. No quilômetro 15 da PR-090, uma cratera obrigou os veículos a desviarem pela cidade de Campo Magro.

No quilômetro 27, parte do asfalto afundou e o tráfego ficou em meia pista. Nos quilômetros 37 e 39, que não são pavimentados, a passagem foi bloqueada e o tráfego desviado por Bateias.

Na Rodovia dos Minérios (PR-092), os motoristas tiveram dificuldade de completar o trecho entre Curitiba e Rio Branco do Sul. Na manhã de ontem, os resultados da chuva da madrugada ainda eram bem visíveis, com muita lama e pedregulhos em boa parte do trecho.

Em três deles, os carros eram obrigados a passar pela água, sem ter por onde desviar. No trecho próximo à ferrovia, em Almirante Tamandaré, todo o entorno ficou inundado.

No bairro Bonfim, em Almirante Tamandaré, o Rio Barigui, que corta o local, transbordou e alagou diversas ruas e casas. Segundo relatos da população, a água chegou à altura do peito.

Alguns moradores foram retirados por um bote da Defesa Civil. De acordo com o tenente Cléber Daverson dos Santos, do Corpo de Bombeiros, 30 pessoas foram retiradas de suas residências.

Moradora do local há 15 anos, a vendedora Maria Aparecida Nogueira teve um dos pavimentos do sobrado onde mora invadido pela água. Ela perdeu móveis e o muro nos fundos da casa caiu. “Por volta da meia-noite, o rio começou a transbordar e não parou mais. Em todos esses anos, nunca tinha visto coisa igual aqui”, afirmou.

A auxiliar de cozinha Elizete Margarida Santos disse que perdeu tudo. “Só consegui salvar a roupa do corpo, o celular e meu cachorro. O resto está embaixo d’água”, relatou.

A zeladora Regina Silva Santos foi retirada de sua casa pelo bote da Defesa Civil. Ela teve que trabalhar dobrado para salvar seus bens. “Infelizmente vivemos em uma situação precária e as autoridades não tomam uma atitude para melhorar nossa situação”, reclamou.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna