Foto: Douglas Marçal/O Diário do Norte do Paraná

Em Maringá, o dia virou noite. Ventos de até 82 km/h provocaram quedas de árvores em alguns bairros.

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Foto: Ricardo Lopes/PMM

As previsões de chuvas se cumpriram. O Paraná todo amanheceu ontem com chuvas bem distribuídas, com tempo nebuloso em todas as regiões. A passagem de uma frente fria, que já se deslocou para a região sudeste, trouxe a tão esperada chuva, que mais uma vez deu um alívio considerável ao sistema de abastecimento de água. Em média, choveu 30 milímetros em todo o Estado.

O volume significativo de chuva em Curitiba e Região Metropolitana levou a Sanepar a prorrogar a suspensão do rodízio do racionamento, inicialmente, até domingo. Se chover mais nos próximos dias, a suspensão pode ser estendida. Com a precipitação, as comportas das barragens do Iraí e Piraquara continuam fechadas e o abastecimento está garantido com a utilização da água da bacia incremental, que fica abaixo das represas. ?Não é possível represar essa água, e se ela não for aproveitada, seguirá o curso normal do Rio Iguaçu. Ela não pode colaborar para recuperar o nível das barragens?, diz o gerente da Sanepar para Curitiba e região, Antônio Carlos Gerardi. Por isso, a orientação é para que a população continue economizando água.

Como a medição do nível das barragens é feita apenas pela manhã, só hoje se saberá o incremento provocado pela chuva de ontem. Antes da chuva, Piraquara estava a 6,12 metros e Iraí a 3,83 metros abaixo do nível normal, o que comprova que a situação ainda está longe de atingir a normalidade.

Reflexos

Se para o abastecimento de água a chuva fez bem, não se pode dizer o mesmo para algumas cidades das regiões norte, oeste e noroeste do Estado. Segundo a Defesa Civil, no oeste e noroeste do Paraná ocorreu durante a madrugada chuva com granizo e ventos fortes, ocasionando vários estragos. No município de Nova Cantu, aproximadamente 80 casas foram destelhadas. Em Cruzmaltina foram 30 destelhamentos e a estrutura metálica de um posto desabou, assim como o salão de uma igreja que estava em construção.

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Na região de Campo Mourão, houve recorde na força do vento, que atingiu 85 km/h, com registro de 14 casas destelhadas e quedas de árvores na rede elétrica, deixando oito residências sem eletricidade e duas moradias alagadas. Uma torre de televisão de 70 m também caiu. Já no município de Cianorte, por volta das 10h, foi registrado, no distrito de São Lourenço, destelhamento de aproximadamente 15 casas. Em todas essas localidades, a Defesa Civil distribuiu lonas para improvisar uma cobertura nas construções até que os telhados sejam consertados.

No norte do Paraná, Maringá, já castigada no final de semana, voltou a sofrer. O dia virou noite e a Estação Climatológica da Universidade Estadual de Maringá (UEM) registrou ventos de 82 km/h. Os casos mais graves de queda de árvores foram registrados na Rua Floriano Peixoto, na Zona Sete, onde um ipê caiu sobre duas casas, e na Rua Vitória, na Vila Esperança, onde outra árvore caiu sobre duas casas e um carro. Apesar dos incômodos, ninguém ficou ferido.

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No final do dia de ontem, a chuva já tinha perdido intensidade em todo o Estado, com a passagem da instabilidade para a região sudeste. Com isso, o tempo deve ficar firme, pelo menos até sábado. No final de semana, a aproximação de nova frente fria deve provocar precipitação em todas as regiões.