O turista que procura as margens do Rio Paraná para se refrescar no verão vem encontrando pouca areia nas prainhas de Porto Rico, perto de Paranavaí, no Noroeste do Estado.
É a chuva de São Paulo que acaba afetando o local, pois o reservatório da usina Porto Primavera – na divisa entre aquele estado e Mato Grosso do Sul – se enche, e obriga a abertura das comportas, enchendo as prainhas.
Ainda assim, apesar da pouca faixa de areia encontrada no local, e a proibição da pesca nessa época, a cidade é só otimismo para o verão.
Porto Rico recebe gente de todo o Estado durante a estação, chegando a dobrar a população de apenas 2,5 mil habitantes.
Com comerciantes e proprietários de hotéis e pousadas ansiosos por essa época, a cheia do rio não chega a desanimar porque, garantem os nativos, acaba em poucos dias. "Fica dois ou três dias assim e depois baixa o nível da água: daí a praia reaparece", afirma o secretário administrativo da Prefeitura, Domingos Bianco.
Encoberta nos últimos dias, a faixa de areia começava a surgir novamente ontem, com o clima quente e seco. "A água subiu cerca de um metro e meio ou dois, mas é corriqueiro e o movimento de turistas logo se normaliza", avalia.
O dono do Hotel Parati, Pedro Paulo Ferreira, diz que já esgotou as reservas para o reveillón. "Pode não ter praia, mas o movimento está normal. No verão vem gente de todo lugar para cá. Tem muito curitibano inclusive", conta, animado com a temporada, apesar da proibição da pesca nessa época, uma das atividades mais rentáveis para o turismo na região. "É que é tempo da desova. Mas mesmo assim tem muita diversão", garante.
