A chuva no início da tarde de ontem, por volta das 14h, não durou nem 30 minutos, mas o forte vento provocou estragos em 11 bairros de Curitiba e região metropolitana. Pelos dados do Instituto Tecnológico Simepar, em Fazenda Rio Grande os ventos atingiram uma velocidade de 64 km/h.
Duas ruas do bairro Tanguá, em Almirante Tamandaré, retratavam o impacto da força dos ventos nessa velocidade. O teto da Igreja do Evangelho Quadrangular na Avenida Brasília foi literalmente varrido pelo vento. E o material foi parar sobre o capô de um veículo Tipo que estava na garagem de uma casa, na Rua Amazonas. O porteiro Wagner Mariano de Queiroz, 35 anos, dono do carro destruído, também teve a casa destelhada. “Iria ampliar a cozinha, mas agora ferrou.” Além dos gastos com o telhado novo e o carro, a esposa está grávida de sete meses. “O carro vai ter que esperar, porque se tiver conserto não vai ser barato.”
Em frente à casa de Wagner, a moradora Maria Ribeiro, 42 anos, ficou sem telhas e a porta da casa. “Foi tudo com o vento”. Assim como em 21 mil domicílios da Grande Curitiba, o Tanguá ficou sem luz. Cinco horas após o temporal, restavam três mil domicílios a serem reparados pela Copel.
Mesmo sem energia elétrica, tão logo cessou a chuva, as pessoas começaram trabalhar na reconstrução de casas e da igreja. A pastora Marilei Dias, 46 anos, disse que o prejuízo passa de R$ 12 mil. “Além das telhas, muitas tábuas voaram para a outra rua”, afirmou.
Atingidos
Em Curitiba, Pilarzinho, Butiatuvinha e Abranches registraram quedas de árvores. Em Santa Felicidade, na Rua Wanda Wolf, os bombeiros foram acionados para atender um destelhamento. Na RMC, os municípios de Araucária, Campina Grande do Sul, São José dos Pinhais, Rio Branco do Sul, Almirante Tamandaré e Campo Largo registraram quedas de árvores.
