As chuvas que estão atingindo o Paraná há alguns dias continuam gerando problemas. Ontem, na rodovia PR-239, na altura do município de Sengés e divisa entre o Paraná e São Paulo, houve um afundamento das pistas em decorrência das fortes chuvas que atingem o local.

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Um carro que passava pelo local caiu no buraco. A motorista, não identificada, sofreu ferimentos leves e não corre risco de morte. A concessionária Rodonorte, responsável pela manutenção da PR-239, informou que equipes de engenharia e obras da empresa estão no local para consertar os estragos.

Ainda não há uma estimativa de quando o trecho será liberado. A concessionária recomenda utilizar uma via alternativa, utilizando a PR-092, passando pelas cidades de Arapoti e Wenceslau Braz, o que aumenta a viagem em 82 quilômetros.

A Estrada da Ribeira (BR-476) também está parcialmente interditada por conta de um deslizamento e há o risco dela ser totalmente fechada. Segundo a assessoria de comunicação da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o tráfego está permitido apenas para veículos de passeio.

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Caminhões e ônibus precisam buscar outra rota. A PRF informa ainda que é grande a possibilidade de fechar totalmente a rodovia hoje, reabrindo apenas na segunda-feira.

Na Estrada do Cerne (PR-090), próximo ao Distrito de Três Córregos, em Campo Largo, Região Metropolitana de Curitiba (RMC), houve três pontos de deslizamentos, deixando a rodovia totalmente interditada e sob risco de novos desmoronamentos. Não há previsão de liberação da rodovia.

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Alguns bairros de Campo Largo, como Ferraria e Jardim Tapuí, também estão com boa parte das ruas alagadas. Na área rural, segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, produtores de milho e feijão amargam prejuízos. Em algumas propriedades, quase toda a lavoura foi destruída.

Campo Magro alagado


Giselle Ulbrich

O temporal de ontem à noite castigou Campo Magro, onde vários bairros ficaram alagados e muitas famílias perderam o que tinham em casa. A chuva durou cerca de uma hora, mas já no seu início levou muitas pessoas ao pânico, devido a água ter subido e invadido residências abruptamente.

Os dois principais acessos ao Jardim Boa Vista, que iniciam na Estrada do Cerne, ficaram completamente bloqueados. Quem precisava chegar ao bairro tinha que seguir até o Jardim Cecília por ruas altas até o Boa Vista. Um destes acessos passa pelo Ribeirão dos Custódios, que subiu e tomou as casa ribeirinhas. Terezinha Rocha da Silva contou que nem pode chegar em casa, à beira do ribeirão. Sua filha lhe telefonou, dizendo que até a geladeira e o fogão boiavam dentro de casa, onde a água passava da cintura.

Ao final da Rua Íris, no mesmo bairro, vários moradores perderam móveis, roupas, eletroeleletrônicos. Margarida Correia, uma destas moradoras, está na mesma situação de Terezinha. Todos aguardam que a construção de casa próximas ao colégio Boa Vista terminem logo, para que as famílias possam sair de locais baixos e beiras de rio. As casas fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal, e que devem terminar no final de março ou início de abril. Até lá, moradores terão que se contentar em erguer móveis e objetos a cada chuva que cair.

Allan Costa Pinto
Hora do pesadelo: à noite, água subiu, com o transbordamento do Ribeirão dos oradores perderam móveis e eletrodomésticos.