Uma nova interrupção causada pelas fortes chuvas atingiu dessa vez a BR-476 (Estrada da Ribeira), que afundou ontem entre os quilômetros 107 e 108, no município de Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba.
Com o deslizamento de terra, 1,4 mil pessoas dos bairros Colônia Faria e Roseira ficaram sem água. Restam outros 11 pontos interditados por causa das chuvas em rodovias estaduais do Paraná.
Na BR-476, a interdição foi total e a Polícia Rodoviária Federal auxilia os motoristas com um desvio precário, no local, pelo qual passam carros de apenas um sentido por vez. Um novo desvio, que está sendo feito pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), deve ser concluído em dois dias.
O incidente atingiu a rede de distribuição de água da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), que está transportando água com caminhões-pipa e pede que a população economize água. Até o fechamento desta edição, não havia previsão para que o abastecimento fosse normalizado.
Ainda sem condições de passagem estão 11 trechos de rodovias. Durante a Escola de Governo, ontem, o secretário estadual dos Transportes, Rogério Tizzot, afirmou que até o fim desta semana todas as rodovias estaduais estarão em condição de tráfego.
A situação mais grave é a do isolamento do município de Sengés, no Norte Pioneiro, onde as três ligações rodoviárias foram atingidas. O tráfego deve ser restabelecido até amanhã na PR-151 e, na sequência, a concessionária Rodonorte vai fazer as outras duas ligações.
“A previsão é que o segmento até a divisa com São Paulo deva ocorrer até o final da semana e a ligação com Jaguariaíva, em 10 ou 15 dias”, disse Tizzot. Pontes também sofreram com o grande volume de água. Segundo o governo do Estado, cerca de 200 pontes tiveram estragos.
Sengés
As buscas por uma sexta pessoa desaparecida após as fortes chuvas, em Sengés, foram encerradas. Cinco pessoas morreram na cidade. Com a construção de um acesso provisório na PR-151, a Sanepar conseguiu chegar a Sengés, atingida pela enchente do Rio Jaguaricatu, para começar a fazer os reparos na rede de água.
De acordo com a Sanepar, ainda havia dificuldades em normalizar o sistema de esgoto, porque a rede foi danificada pela infiltração da água da enchente e está com vários pontos entupidos.
Além disso, estruturas maiores do sistema, como elevatórias de esgoto e linhas de recalque, foram arrastadas pela correnteza e precisam ser reconstruídas. A Sanepar estima que estas obras exigirão pelo menos uma semana de trabalho.
A dificuldade em restabelecer a água é semelhante em Tomazina, onde parte da cidade continua isolada pela queda da ponte sobre o Rio das Cinzas, que terá que esperar mais dois dias para ter o sistema recuperado.