A chimpanzé Imperatriz, uma antiga e popular habitante do Zoológico Municipal de Curitiba, ganhou um companheiro. O chimpanzé Bob chegou no fim de dezembro e está dividindo o recinto com Imperatriz. Outras novidades são a lontra Bibi e o nascimento de três cervos-nobres, que também prometem animar o Zoo nestas férias.
Os animais vieram do Zoológico de Pomerode, em Santa Catarina. Bob chegou em dezembro e não precisou muito tempo para se adaptar à nova casa. Logo se entendeu com Imperatriz, que vivia sozinha havia mais de dois anos. A lontra Bibi chegou há seis meses, mas passou por um processo de adaptação e agora foi transferida para o recinto de exposição pública, onde vai morar com a lontra macho Kanauã.
Imperatriz reagiu muito bem e até melhorou o comportamento com a chegada do novo companheiro. “Ela apresentava sinais de depressão e de estresse, que sumiram rapidamente. Os chimpanzés são animais sociais e quando solitários tendem a ficar depressivos. Dá para perceber a felicidade dela agora”, diz a bióloga Tereza Cristina Margarido.
Com um histórico de mais de 35 anos no acervo do Zoo de Curitiba, a chimpanzé Imperatriz já morou no Passeio Público, no Centro da cidade e mesmo estando no fim da idade reprodutiva, ainda tem chances de engravidar do novo companheiro. “Eles demonstram que irão se acasalar. Talvez tenhamos novidades”, diz o diretor do Zoológico, Marcos Traad.
Outra torcida por reprodução é a do casal de lontras Kanauã e Bibi. Eles tiveram resistência à aproximação na chegada de Bibi, mas aos poucos os funcionários do Zoo conseguiram unir o casal, que agora vive num tanque de água natural.
A reprodução de lontras em cativeiro é muito difícil de acontecer. O único registro do Zoo de Curitiba aconteceu em 1982. “Com todo esse conforto e qualidade de ambiente, esperamos ter sucesso com o novo casal”, aposta Traad. Kanauã vivia sozinho no Zoo desde 2006. Ele foi apreendido ainda filhote pela Polícia Florestal do Paraná, no Litoral do estado, e encaminhado aos cuidados do Zoo de Curitiba.
Outra novidade é o nascimento de três cervos-nobres. Eles nasceram há uma semana e já podem ser vistos com o bando de 11 cervos adultos. Os cervos machos trocaram a galhada (espécie de chifres), e nesta fase coçam muito a cabeça, o que acaba provocando sangramento. “Os visitantes se assustam um pouco e até procuram os funcionários para comunicar o que viram, mas é um processo natural e que não causa dor nem danos à saúde dos bichos”, esclarece Traad.
