O aumento de quase dez vezes na vazão normal das Cataratas do Iguaçu, por conta das chuvas, deve proporcionar um fim de semana com uma paisagem de encher os olhos, em Foz do Iguaçu.
Ontem, ao meio-dia, a direção do Parque Nacional do Iguaçu teve de interditar a passarela que dá acesso às quedas. Durante a tarde, a vazão registrada era de 10.800 metros cúbicos por segundo ou 10,8 milhões de litros de água por segundo.
Esta é a primeira cheia verificada no local desde o final de 2005, quando a vazão chegou a 20 mil metros cúbicos por segundo. Na ocasião, devido à força da água, um funcionário do parque argentino teve de ser resgatado às pressas com uso de helicóptero.
Depois de um ano marcado pela seca, finalmente o Rio Iguaçu dá sinais de que, dessa vez, as Cataratas devem passar longe da vazão mínima verificada em 2006, de 190 metros cúbicos por segundo – ocasião em que boa parte das quedas desapareceu.
?Desde o final do ano retrasado, quando a vazão chegou a 20 mil metros cúbicos por segundo, essa é a primeira vez que a água está completando as cachoeiras que estavam secas?, comemora o chefe do parque, Jorge Pegoraro.
Tamanho aumento da vazão – que normalmente fica entre 1.200 e 1.500 metros cúbicos por segundo – já cobriu a passarela e obrigou a retirada das grades de proteção para evitar que a estrutura seja carregada pela água. O visitante pode fazer normalmente o trajeto que dá acesso às quedas, mas, por enquanto, chegar perto delas não será possível.
?Mesmo assim, o efeito é muito bacana e desperta um entusiasmo nas pessoas porque muda a paisagem?, descreve Pegoraro, com boas expectativas quanto à visitação do parque este ano: ?Julho deve ser a época mais forte, quando esperamos cerca de 120 mil visitantes?.
Entre hoje e terça-feira, a expectativa é que pelo menos dez mil pessoas visitem o local. ?A cheia deve estimular o turismo regional durante este feriado?, diz o chefe. Ele garante que o monitoramento será feito constantemente, mas a abertura da passarela somente será possível quando a vazão baixar para menos de 10 mil metros cúbicos por segundo.
