Chegada de agentes inflaciona aluguéis

A chegada dos novos moradores de Catanduvas, os agentes penitenciários, está inflacionando o preço dos aluguéis. A cidade, de pouco mais de 10 mil habitantes, no oeste do Paraná, abriga a primeira penitenciária federal, inaugurada em 23 de junho – e ainda à espera da transferência dos bandidos mais perigosos do País.

Segundo um morador, uma casa que antes valia R$ 200 mensais está sendo comercializada agora por R$ 1 mil. Os imóveis disponíveis obedecem a esta proporção, acrescenta.

Os primeiros 164 agentes já se apresentaram ao diretor da penitenciária, Ronaldo Urbano, que se instalou na cidade segunda-feira, acompanhado da esposa. Urbano respondia em Brasília pela Coordenadoria de Assuntos Penitenciários do Departamento Penitenciário do Ministério da Justiça.

Outros 86 agentes começarão a ser treinados nos próximos dias, em Brasília, completando, assim, a cota de 250 agentes previstos para o controle da penitenciária.

Pelo menos os aluguéis não sofrerão influência dos cerca de 30 agentes federais que cuidarão da segurança externa do presídio. Eles se revezarão em períodos curtos de permanência na cidade, hospedando-se em hotéis.

Prazo

A transferência, em caráter emergencial, dos 40 líderes do PCC dos presídios paulistas para a penitenciária federal de Catanduvas, decidida durante encontro do ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos e o governador de São Paulo Cláudio Lembo, sexta-feira passada, exige ?pelo menos? cinco dias úteis, e isto se for feita ?a toque de caixa?, segundo uma fonte da Justiça Federal, que pediu para não ser identificada. A transferência, prevê Thomaz Bastos, inibirá a ocorrência de novas rebeliões nos presídios paulistas.

Toda a tramitação é feita pela Justiça Federal, para onde os estados estão enviando a relação de presos que desejam transferir para a penitenciária de Catanduvas, inaugurada em 23 de junho e com capacidade para 208 prisioneiros.

A 1.ª Vara Criminal Federal de Curitiba foi designada pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, de Porto Alegre, responsável pela análise dos processos. (AE)

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