Chá de cadeira no Evangélico

Uma denúncia feita na tarde de ontem à redação da Tribuna do Paraná levou a reportagem a apurar atrasos excessivos no atendimento ambulatorial do Hospital Evangélico. No telefonema, a reclamação era pelo fato de que o paciente estaria no local desde as 10h sem atendimento, apesar de já passar das 15h.

No local, após a entrada na sala de espera mediante a autorização do segurança de serviço, algumas pessoas não pouparam reclamações. Cremildes Lino dos Santos, por exemplo, estava no local desde 11h30 e perto das 16h ainda não havia sido chamada para a consulta. ?Vim com consulta encaminhada pelo Posto de Saúde e estava marcada para o meio-dia e até agora nada. O pior é que não é só aqui. O pobre sempre paga o preço?, disse.

Outra paciente que aguardava consulta, que preferiu não se identificar, disse que as consultas geralmente são marcadas para todas ao meio-dia, mas o atendimento começa apenas às 13h. ?Quem quer ser atendido primeiro, tem que chegar antes. O jeito é vir e ficar esperando a vez?, diz.

Enquanto conversava com os pacientes da sala de espera, a reportagem foi abordada pelos responsáveis pelo setor, que afirmaram que a presença da equipe não era permitida sem que a diretoria autorizasse. Convidada a deixar o local, a reportagem foi abordada por mais uma paciente na rua, Dolores Werka, que estava no local desde as 9h. ?Estou sentindo um alívio enorme. É uma jornada cansativa, mas finalmente fui atendida.? O relógio marcava 16h.

Após alguns minutos de espera, a responsável pelo setor desceu do prédio central acompanhada do chefe da segurança, anunciando que a presença da reportagem não estava autorizada. Porém em contato telefônico com a direção do hospital, a responsável Maria Casemira confirmou que o período de espera nem sempre é curto, mas questionou o porquê das pessoas chegarem tão cedo, inclusive ressalvando que alguns pacientes chegam muito adiantados por residirem em outras localidades. ?Nós pedimos para que todos estejam no ambulatório ao meio-dia para que sejam separados os prontuários e material de consulta dos pacientes, já que as consultas da tarde iniciam às 13h?, diz. Ela também confirmou que as consultas são feitas por ordem de chegada, mas que há um mecanismo que garante o atendimento a todos. ?Costumamos fazer inclusive remanejamentos de pacientes que chegam atrasados.?

Assegurando que o número de médicos é suficiente para a demanda, o hospital classifica o atraso no atendimento como ?espera?, comum às agências bancárias, e se programa para lançar um projeto que ameniza o tempo gasto na sala de espera. ?Vamos disponibilizar palestras sobre vários temas, especialmente ligados a saúde, para entreter os pacientes até que sejam atendidos.? O programa será lançado em duas semanas.

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