CFM pede moratória na licença para novos cursos

O Conselho Federal de Medicina (CFM) está pedindo ao governo federal uma “moratória” na autorização para novas escolas de Medicina. “A moratória não terá custo e não vai alterar o dólar nem a balança comercial, mas vai qualificar a Nação”, disse o presidente do CFM, Edson de Oliveira Andrade. “É uma atitude que pode ser tomada já, só depende de vontade política.” Andrade participou ontem, em Curitiba, de um debate sobre escolas médicas no 15.º Encontro dos Conselhos Regionais de Medicina da Região Sul/Sudeste e do Pré-Encontro Nacional de Escolas Médicas.

A proposta do CFM é de que o Ministério da Educação suspenda as análises para abertura de novos cursos e que seja realizado um “esforço nacional” para avaliar com profundidade as escolas existentes, que colocam anualmente no mercado cerca de 9 mil profissionais. Segundo Andrade, historicamente, houve um desestímulo às escolas públicas federais e aos hospitais universitários, abrindo espaço para novos cursos, sobretudo privados. “As novas são ruins e as boas estão se degradando por falta de ações básicas da União”, criticou. “Mas nós elegemos um novo governo para mudar.”

Andrade lamentou que a proposta de reforma previdenciária seja um novo estímulo à aposentadoria nas universidades públicas. “Os bons vão sair, pois há um mercado comprador nessas novas escolas, e a reposição nas escolas federais é zero, pois não há incentivo.” Ele afirmou já ter conversado com integrantes do novo governo sobre a formação médica. “Fomos ouvidos, mas, na prática, não há nenhuma ação. Falam que é início de governo, mas não pode ficar sempre no início.”

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