O 12º Feirão Caixa da Casa Própria começa hoje no Expotrade, em Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba (RMC), com oferta de aproximadamente 15 mil imóveis, e pode ser a última oportunidade do ano de sair do aluguel fazendo um negócio vantajoso, avalia o consultor Marcos Kahtalian, sócio-diretor da Brain Bureau de Inteligência Corporativa. “Este é um momento interessante porque as construtoras estão com bastante oferta, e este momento vai até o meio do ano. Depois, vai haver aumento de preço”, analisa.
Quem for até o feirão vai encontrar imóveis novos, usados, na planta e em construção. Cerca de 70% das unidades disponíveis se enquadram no Programa Minha Casa, Minha Vida, foco do evento. Neste segmento, os limites de valor dos imóveis são de R$ 200 mil pra a capital e R$ 180 mil pros municípios metropolitanos.
“O comprador pode financiar até 90% do valor total em até 360 meses. A entrada pode ser quitada com recursos próprios ou do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), ou ainda com subsídios do programa”, informa o coordenador do feirão, Vilmar José Smirdale. Pro Minha Casa, Minha Vida, as taxas de juros variam de 5% a 8,16% ao ano, dependendo da renda familiar. Podem recorrer ao programa famílias com renda mensal de R$ 456 a R$ 6.500.
Otimismo
Apesar da crise econômica, as expectativas da Caixa pro feirão são positivas. A meta do banco é alcançar os mesmos números de 2015, quando o evento recebeu 27 mil pessoas e encaminhou em torno de 9 mil negócios compradores que sinalizaram interesse e deixaram pra fechar o contrato posteriormente. No evento do ano passado, foram fechados R$ 3 bilhões em negócios na Grande Curitiba.
“O déficit habitacional pra faixa da população contemplada pelo Minha Casa, Minha Vida é muito grande, e o interesse de aquisição é sempre expressivo. Como procuramos reunir toda a oferta que existe na cidade, com 40 construtoras e 40 imobiliárias, e apresentamos as melhores condições, temos expectativas de que saiam muitos negócios”, declara o coordenador.
Além do Minha Casa, Minha Vida, é possível recorrer a outras operações com recursos do FGTS, e também usar recursos da caderneta de poupança.
Negócio fechado no mesmo dia
O conferente Nailor Veloso, 33 anos, foi a uma agência da Caixa em junho de 2014 pra buscar financiamento pra materiais de construção, a fim de erguer uma casa em um terreno do pai. No local, foi instruído a mudar de planos e visitar a edição do Feirão Caixa da Casa Própria daquele ano, que ocorreria no fim de semana seguinte. “Minha esposa e eu queríamos uma casa. Como a feira era muito grande e a maioria das ofertas era de apartamento, fui para um lado e ela foi para o outro”, conta. A esposa encontrou um condomínio de casas populares ainda na planta, e chamou o marido.
“Fechamos o negócio praticamente no mesmo dia. A entrega da obra atrasou três meses por causa da chuvarada do ano passado, mas, fora isso, não tivemos grandes transtornos”, diz ele, que morava em um imóvel cedido pelos pais. Nailor se enquadra na modalidade de famílias com renda de até R$ 1.600, conseguiu financiar 90% do valor do imóvel em 30 anos e ainda ganhou um subsídio de R$ 17.900. Usou o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para dar a entrada de R$ 4 mil. Até o momento, as parcelas de R$ 420 estão cabendo em seu bolso. “Está tranquilo. Estou com emprego fixo, o mesmo de quando fechei o contrato.”
Ele se mudou com a esposa e filhos em janeiro pra casa de dois quartos em Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba. A família está mais que satisfeita. “Meu filho pega o ônibus na porta do condomínio pra ir pra escola.
Recomendo pra todo mundo comprar na planta, que é mais barato. É a melhor forma de conquistar a tão sonhada casa própria”, afirma.
Agora é o momento ideal para a compra
Pr,o consultor Marcos Kahtalian, a boa oferta de imóveis novos é um reflexo do grande volume de empreendimentos colocados no mercado nos últimos três anos, que estão sendo entregues agora. “Estamos no final desse ciclo de oferta. Na minha leitura, é o último momento em que vale a pena comprar.”
São duas as principais dicas para fazer um bom negócio: encontrar empreendimentos cuja prestação caiba no bolso, representando até 20% da renda mensal, e buscar imóveis em locais que favoreçam os deslocamentos do dia a dia, como o trajeto para o trabalho e pra escola dos filhos, aponta Kahtalian.
Quanto aos juros cobrados pelo Minha Casa, Minha Vida, o consultor assegura que são os melhores. “São excelentes taxas. Não existe nada no mercado brasileiro comparado a isso, é impossível conseguir taxas mais acessíveis. Se a prestação couber no bolso, vale a pena trocar o aluguel pela casa própria”, garante. Ele lembra ainda que comprar o imóvel na planta permite parcelar a entrada, caso o interessado não possa quitá-la de uma vez só.