No equilíbrio

Cerca da discórdia preocupa pedestres no Fazendinha

Os pedestres já não tinham por onde andar, pois a rua não tem calçada em um dos lados. Com a instalação de alambrado pela Copel, na Rua Edvino Antônio Deboni, no Fazendinha, perderam até o espaço onde deveria existir a calçada – mas só havia grama -, por onde passavam. O fluxo de veículos e pedestres é intenso. Por ali passam trabalhadores de várias empresas da região, moradores e visitantes do Cemitério Jardim Saudade, situado próximo ao local.

Diretor de uma das empresas da região, que preferiu não se identificar, manifesta preocupação com os cerca de mil funcionários. Muitos já procuraram a direção para reclamar do perigo, principalmente nos horários de pico, onde a movimentação de carros e pedestres, é maior. Pedestres têm medo de serem atropelados; motoristas, de atropelar. A cerca da Copel protege as torres de energia instaladas no bairro.

O fiscal de uma dessas empresas, Arnaldo Charello, considera que deveria ter meio-fio e calçada na via. Ele conta que esses dias andou a pé pelo local e um carro “veio nos pés”. Segundo o fiscal, o fluxo de veículos costuma ser grande, pois muitos motoristas cortam caminho pela Rua Edvino Antônio Deboni. “É perigoso também porque os carros costumam andar em alta velocidade”, relata.

Insegurança

A aposentada Amara da Conceição Felizardo mora no Fazendinha e visita a filha que mora próximo da casa dela a pé. Ela passa pela Rua Edvino Antônio Deboni e considera que a cerca deixou o caminho mais complicado. “Ficou ruim, porque os carros vêm para cima da gente e não tem para onde fugir”, ressalta.

Uma moradora que não quis se identificar reclama dos carros que correm na rua. “Seria bom se instalassem lombada por aqui”, afirma. O segurança Josselito Machado Nascimento, que trabalha em uma empresa na via, também comenta a velocidade que os motoristas passam. “Aqui é rota de fuga para carro, para pessoal que desce do ônibus, então o movimento é bem intenso”, destaca. Ele considera que a instalação da cerca “é necessária, mas teria que ter recuado mais e feito a calçada”, complementa.

Copel tem explicações

Em nota, a Copel informa que cercou o terreno da companhia, na Rua Edvino Antonio Deboni, no Fazendinha, para evitar o acúmulo de lixo e entulhos, bem como o uso irregular do local, que fica sob uma linha de transmissão de 69 mil volts. A companhia destaca que recebeu reclamações de moradores e solicitação da prefeitura para regularizar a situação no local.

Segundo a Copel, em consulta para saber qual é o alinhamento da rua e como deveria proceder, foi informada que não há projeto desta rua na prefeitura, o que impossibilita sua delimitação. Conforme orientação da administração municipal, a companhia construiu a cerca com distância de um metro do final do asfalto. A Copel informa ainda que, por questões de segurança, é proibida a construção de calçadas sob as linhas de transmissão.

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