Centro hospitalar começa a funcionar após um ano de atraso

Depois de um ano de atraso, o Centro Hospitalar de Reabilitação do Paraná começará a funcionar na próxima segunda-feira. A implantação de toda a unidade vai acontecer em três fases. A primeira abrange as áreas ambulatoriais, de diagnóstico e de reabilitação. O restante terá as atividades iniciadas a partir de junho.

O centro é o terceiro de referência em todo o País, e vai atender especialmente a população paranaense com algum tipo de deficiência. Quando estiver totalmente implantado, a capacidade será de até 500 atendimentos diários. Inicialmente, o centro vai funcionar com um quarto do potencial previsto.

As obras para o centro de reabilitação começaram em 2004 e foram entregues no final de 2006. A diferença entre a conclusão da obra e o início das atividades foi de quase um ano e meio. De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Gilberto Martin, várias questões influenciaram nesse atraso. Normalmente, são necessários seis meses para equipar um estabelecimento como esse. Mesmo assim, ficou a lacuna de um ano. ?No País, não há uma cultura institucional para a reabilitação. Aos poucos, foram feitas alterações no projeto. Havia um desenho inicial diferente, que talvez deixasse distorções na função do centro. Foram correções de rota para que este centro funcionasse da maneira correta, pois o Paraná não precisa de mais um hospital de trauma. Iria acabar nisso?, afirmou o secretário.

Com isso, a Secretaria de Estado da Saúde realizou em setembro do ano passado a redefinição dos descritivos de parte dos equipamentos, etapa inicial do processo de licitação. ?Tivemos que rever até compra de equipamentos. Mas tudo isso não foi um erro. Fomos trabalhando para que tudo valesse realmente a pena. E valeu?, comentou. O centro não será uma porta de entrada de atendimento. Vai receber os pacientes encaminhados por hospitais e pela Associação Paranaense de Reabilitação (APR).

A implantação da unidade vai acontecer em três fases diferentes conforme as demandas que aparecerem. ?Não começa a estrutura toda de uma única vez porque teríamos ociosidade em alguns setores. Além de evitar desperdício de dinheiro, ir de etapa em etapa permite alcançar a solidez do projeto?, analisou Martin.

O centro vai oferecer um serviço exclusivamente público. Será administrado em parceria pela própria secretaria, APR e Universidade Federal do Paraná. O Estado ficou responsável por parte do quadro dos servidores e pelos recursos financeiros. O restante dos funcionários vem por meio da APR, que realizou um teste seletivo.

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