Central de Regulação do Paraná é exemplo nacional

O Ministério da Saúde (MS) pretende aplicar o sistema de informática utilizado pela Central de Regulação do Paraná, responsável pela procura em todo o Estado de leitos para os casos de emergência e operações, como piloto para aplicação nos outros estados. “Temos um dos sistemas mais avançados e eficientes do país e o reconhecimento do Ministério é uma prova disso”, diz o secretário da Saúde do Paraná, Cláudio Xavier.

O sistema foi todo desenvolvido pela Companhia de Informática do Paraná (Celepar) e permite o gerenciamento pela Central Estadual de Regulação, em Curitiba, das cinco Centrais de Leitos (Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel, Ponta Grossa), das onze centrais de consultas e das quatro centrais de ambulâncias. Quando o paciente precisa de internamento, o hospital consulta a central de leitos regional, que verifica se há leitos disponíveis na região. Se não houver, a central de regulação providencia a remoção do paciente até o hospital disponível em outra cidade.

Os secretários da Saúde de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul já visitaram a Central de Regulação do Paraná no início do mês passado para conhecerem o sistema. “Não temos um sistema tão eficiente como esse em São Paulo, por isso viemos conhecer de perto seu funcionamento”, disse o secretário da Saúde de São Paulo, Roberto Barradas.

Durante o governo passado, o sistema de marcação de consultas e de leitos da Secretaria da Saúde era administrado por uma empresa terceirizada, o Instituto Curitiba de Informática (ICI). No início deste ano, o governo rompeu o contrato de R$ 33,1 milhões com o ICI e passou para a Celepar a responsabilidade de desenvolver o sistema, que começou a operar em sua nova versão em maio. Com o novo sistema, a Secretaria economiza cerca de 300 mil por mês. O contrato firmado pelo antigo governo com o ICI tinha o valor total de R$ 33,1 milhões para quatro anos, R$ 690 mil por mês.

O sistema desenvolvido pela Celepar com custo bem menor permite tirar relatórios que o ICI não permitia, desde a marcação de consultas até internamentos. Também está permitindo colocar on line os leitos de UTI do Estado para controlar na tela do computador a ocupação desses leitos.

Graças ao novo sistema, que é o único do País que permite transporte imediato do paciente em UTIs móveis em todo o Estado, o problema da falta de leitos em UTIs no Paraná não foi maior. O problema dos leitos nas UTIs registrado neste ano é resultado da falta de investimentos em saúde durante o governo passado. Hoje, é possível levantar na tela de computador todos os dados do Estado sobre pessoas que aguardam vagas de UTI o que antes o sistema não permitia. Com isso, a Central de Regulação pode acionar as centrais de leitos de outras regiões para receber os pacientes, que são transportados nas UTIs móveis do Estado.

O Paraná foi o segundo pior Estado em investimentos em saúde em 2002, ficando atrás apenas do Maranhão. “Os reflexos disso estão sendo sentidos neste ano e estão sendo contornados com competência, responsabilidade e compromisso com a questão social”, diz o secretário Xavier.

A Central de Regulação fica no 3.º andar do prédio central da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Em média, quinhentas pessoas por mês são encaminhadas para procedimentos cirúrgicos ou internamento pela Central de Regulação.

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