Centrais sindicais prometem parar o País nesta quinta-feira (11), no Dia Nacional de Lutas com Greves e Mobilizações – em defesa da democracia e dos direitos dos trabalhadores. No Paraná, estão previstos protestos e assembleias em Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel, Foz do Iguaçu, Pato Branco, Ponta Grossa, Francisco Beltrão e Paranaguá. Na capital e região metropolitana, as manifestações começam desde a madrugada em diversas empresas e terminam com ato público unificado na Praça Rui Barbosa, às 16h. Uma hora antes, no mesmo local, motoristas e cobradores fazem assembleia para decidir se paralisarão o transporte coletivo enquanto durar o protesto das entidades.
De acordo com Nelson Silva de Souza, presidente Força Sindical do Paraná, várias frentes vão aderir ao Dia Nacional de Lutas, como funcionários da indústria têxtil, metalúrgica, gráfica, de bebidas e alimentação, bancários, petroleiros e também do comércio. Na maioria das indústrias, como Bosch, Volvo, CNH, Electrolux, Renault e Volkswagen, haverá assembleias e os funcionários podem interromper momentaneamente a produção. Os trabalhadores da Kraft vão cruzar os braços por 24 horas, até as 6h de amanhã. Petroleiros da Repar, em Araucária, também farão 24 horas de greve, a partir da zero hora.
Em função da mobilização dos técnicos administrativos, o Hospital de Clínicas da UFPR suspendeu consultas ambulatoriais e exames eletivos e atenderá somente urgências, emergências e os pacientes internados. Funcionários dos Correios também anunciaram que irão parar hoje. Quanto a possíveis problemas na rotina do curitibano, Souza diz que “a paralisação pode causar algum tipo de transtorno, mas não queremos prejudicar ninguém”. Segundo ele, a princípio não haverá caminhada saindo da Rui Barbosa. “A manifestação acontece ali e encerra ali”.
A Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa que não irá se pronunciar sobre a paralisação. A Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio-PR) não possui posicionamento oficial, já que seu presidente está em viagem ao Uruguai.
Pauta
O objetivo das centrais sindicais é pressionar os poderes Legislativo e Executivo a aprovarem a pauta trabalhista, composta por itens nacionais e estaduais. Os quatro itens regionais são: queda das tarifas de pedágio, novo sistema para eleição dos conselheiros do Tribunal de Contas do Estado, política permanente de reajuste do piso mínimo regional e regulamentação da profissão de motorista.
Nacionalmente, a agenda sindical contempla a luta pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salários, fim do projeto que amplia a terceirização, reajuste digno para os aposentados, fim do fator previdenciário e dos leilões do petróleo, além de mais investimentos em saúde e educação, transporte público de qualidade e reforma agrária.