O Cemitério Municipal de Marechal Cândido Rondon, região oeste do Paraná, está praticamente lotado. A perspectiva é de que, já no ano que vem, não haja mais vagas no local, que é o único cemitério da cidade.
Atualmente, dos cerca de 10,5 mil jazigos existentes, cerca de 1,5 mil ainda estão disponíveis. A situação já começa a preocupar, pois, apesar de existirem áreas vagas em torno do lugar, os terrenos já estão começando a ser demarcados para futuros loteamentos, o que praticamente acabaria com as possibilidades de expansão.
Segundo o diretor responsável pelo cemitério, João Amaro da Costa, o cemitério deve lotar em um ano e meio. Para ele, as áreas contíguas poderiam, se adquiridas pela Prefeitura, dar uma sobrevida de 30 a 35 anos ao local. ?Em apenas 30 metros de comprimento e com quatro gavetas de altura, podem ser sepultados 240 corpos?, calcula Costa. ?O problema é que ninguém nunca se preocupou com a compra de uma nova área. Mas a Prefeitura tem que tomar providências. Não deveria deixar lotearem as áreas ao lado?, afirma.
A preocupação chegou também à Câmara de Vereadores. De acordo com o vereador Nilson Erno Hachmann (PP), a situação é de ?plena urgência?. As vagas que existem hoje, segundo ele, são apenas brechas no meio dos jazigos já ocupados. ?Até o final deste ano não vai caber mais ninguém lá?, antecipa. Ele também já sugeriu, em plenário, que a Prefeitura adquira a área contígua ao cemitério e que o sistema de sepultamento seja alterado para o vertical, com gavetas. ?Mas a Prefeitura diz que não tem verba?, ressalta.
O chefe de divisão da Secretaria de Viação e Obras, responsável pela administração do cemitério, Adelir Kempfer, admite que o cemitério está ?quase no limite mesmo?. Mas não soube dizer se a Prefeitura tem planos de ampliação. ?O responsável nesse caso seria a Secretaria de Planejamento?, informa. Ninguém foi encontrado na Secretaria de Planejamento do município para falar sobre o assunto.
