Os recentes casos de explosão de aparelhos de telefone celular não devem preocupar os usuários. Empresas e especialistas garantem que o risco de combustão em um aparelho é praticamente inexistente. "É mais fácil ganhar na loteria que ter seu celular explodido", garantiu o professor de engenharia elétrica da Universidade Federal do Paraná Horácio Tertuliano Filho, Phd em telefonia móvel. Para ele, um celular com boas condições de uso e com peças originais tem risco zero de explosão. O professor explicou que o aparelho em si não é capaz de explodir, apenas a bateria é que tem essa característica e, por isso, dois dos três casos que ocorreram nas últimas semanas, em São Paulo, foram enquanto o telefone estava sendo recarregado. "Expôr o celular a altas temperaturas e à umidade e colocá-lo para carregar a bateria perto de materiais que retêm calor aumentam o risco de explosão, que de zero iria para 0,001%", comentou. "O grande risco é a utilização de peças, principalmente baterias, piratas", disse.
Para o terceiro caso, em que um celular explodiu dentro do bolso de uma garota, o especialista sugere uma situação parecida. "Não tenho dados técnicos para analisar a situação, mas suponho que por mau uso, ou por ter uma bateria de segunda mão, o aparelho pode ter sofrido um curto-circuito", diz.
Esses três casos ocorreram com dois aparelhos da marca Motorola e um da Nokia. Apesar de não se pronunciarem a respeito dos casos em espefícico por aguardarem os laudos técnicos, as empresas asseguram que se usado de acordo com o manual de instruções e com peças originais, os aparelhos não apresentam nenhum risco ao usuário.