Celular não aumenta risco de tumor

Londres – O uso de celular por dez anos não causa aumento no risco de desenvolvimento de tumor no nervo que conecta o ouvido ao cérebro, afirmaram pesquisadores britânicos. Mas em meio à preocupação pública sobre uma possível relação entre o uso do aparelho e a doença, os cientistas que organizaram o maior estudo sobre o assunto disseram que não podem excluir um aumento do risco em períodos maiores que dez anos.

?Os resultados de nossos estudos sugerem que não há risco substancial na primeira década de uso do aparelho?, disse Anthony Swerdlow, do Instituto de Pesquisa do Câncer. ?Se existirem riscos no longo prazo é algo que continua desconhecido, uma vez que se trata de uma tecnologia muito recente.?

A pesquisa tem como foco o risco de desenvolvimento de neuroma acústico, um tipo de tumor benigno que cresce no nervo que conecta o ouvido ao cérebro. O problema pode ocorrer próximo de onde os celulares são segurados.

O estudo também investigou uma possível associação do uso de celular com outros tipos de tumor, mas os cientistas disseram que o neuroma acústico foi o principal motivo de preocupação.

Estudos anteriores independentes mostraram que a radiação dos celulares poderia afetar o corpo humano, aquecendo o cérebro e causando dores de cabeça e náusea. Porém, nenhuma pesquisa que pudesse ser repetida de maneira independente provou que celulares geram efeitos danosos permanentes.

A indústria de telefonia móvel argumenta que não existem evidências conclusivas de que a radiação eletromagnética dos aparelhos seja prejudicial à saúde. Cerca de 780 milhões de celulares deverão ser vendidos este ano e quase 2 bilhões de pessoas no mundo usam o aparelho atualmente.

A análise do Instituto de Pesquisa do Câncer reuniu estudos conduzidos na Grã-Bretanha, Dinamarca, Finlândia, Noruega e Suécia, países onde os celulares foram introduzidos mais cedo. Entidades de combate ao câncer saudaram a pesquisa. ?Entretanto, é importante que os cientistas continuem monitorando os usuários de celulares nos próximos anos, uma vez que esses aparelhos são uma invenção relativamente nova?, disse Julie Sharp, pesquisadora do instituto britânico.

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