O governador Roberto Requião entregou, na manhã desta sexta-feira (08), as primeiras 20 celas modulares do Centro de Triagem II, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. As celas abrem 240 vagas que vão desafogar as carceragens do 11.º Distrito Policial (Cidade Industrial de Curitiba), da Delegacia de Furtos e Roubos e da delegacia do Alto Maracanã.
“Na próxima semana, vamos entregar mais 15 celas entregues, gerando mais 180 vagas. Isso resolve o problema da superlotação em Curitiba e Região Metropolitana”, afirmou o governador. Requião anunciou que, nos próximos 30 ou 40 dias, outras celas serão entregues, totalizando 61 unidades. “No total, serão 732 vagas disponíveis. É um esforço enorme para resolver o problema da superlotação no Estado.”
Também estiveram na entrega o secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, o delegado-geral da Polícia Civil, Jorge Azôr Pinto e o delegado-geral-adjunto, Francisco José Batista da Costa.
De acordo com o secretário da Segurança, além das 61 celas, o governo já está licitando outras 200. “O governo se esforça muito para melhorar o problema da superlotação, que já foi muito pior. Os presos do 11.º DP e das delegacias de Furtos e Roubos e do Alto Maracanã serão transferidos em breve, mas não anunciaremos a data por segurança”, explicou Delazari. Ele disse que as próximas 41 celas vão absorver os demais presos da Grande Curitiba e as que estão em licitação serão instaladas em cidades do interior do Estado.
Para o delegado Azôr, a entrega das celas modulares é um grande avanço. “Os policiais que trabalham nas delegacias da Grande Curitiba poderão voltar a exercitar seu trabalho investigativo e parar de cuidar de presos”.
O governo pretende remover presos de Curitiba e região metropolitana para as 61 celas que serão instaladas no Centro de Triagem II. O valor total do investimento é de R$ 2,7 milhões. Atualmente, existem no Estado outras 54 celas modulares, instaladas em Piraquara, Londrina, Palmas, Loanda, Colorado e Cornélio Procópio.
Estrutura
As celas são altamente seguras, feitas de concreto monobloco, para evitar escavações. Cada uma tem capacidade para 12 presos, com mobiliário de concreto. Os dois vasos sanitários, as duas pias e os dois chuveiros existentes em cada cela são fundidos junto à estrutura para que o preso não possa remover estes objetos. Ela foi montada de forma que toda a manutenção hidráulica e elétrica seja realizada pelo lado de fora, sem contato com os presos.
As celas são aprovadas pelo Ministério Público e pela Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR) e foram desenvolvidas para proporcionar segurança e diminuir o número de funcionários que cuidam da carceragem. A estrutura proporciona bem-estar térmico dentro da cela, que tem boa ventilação, não armazena calor e protege do frio.
Penitenciárias
Na entrega das primeiras 20 celas modulares, o governador ainda anunciou que já foi iniciada a licitação para a construção da Penitenciária de Cruzeiro do Oeste.
Desde que assumiu em 2003, o governador Requião já construiu 12 penitenciárias e ampliou o número de vagas de 6.529 que já existiam, para 14.568 atuais. “Acreditávamos que essas penitenciárias iriam resolver o problema dos presos por 20 anos. Porém, a criminalidade aumentou e a polícia continua fazendo seu papel, que é prender”, explicou Requião.