Novos cursos serão apresentados |
Com a transformação do Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná (Cefet-PR) em Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), ocorrida ontem, sobe para dois o número de universidades federais no Estado. ?É um momento histórico, quando, com quase cem anos de existência, o Cefet atinge o nível máximo a que uma instituição de ensino pode chegar?, comemora o diretor de ensino da UTFPR, Carlos Eduardo Cantarelli. A lei que transformou o Cefet em universidade foi publicada ontem, em edição do Diário Oficial da União, mas já havia sido assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última sexta-feira. O presidente deve vir a Curitiba para a o início do cronograma de instalação da UTFPR.
A instituição será a primeira universidade tecnológica do País e, segundo Cantarelli, tem ainda a vantagem de ser interiorizada, atendendo quase todo o Paraná. São seis campi – Curitiba, Medianeira, Sudoeste (Dois Vizinhos e Pato Branco), Cornélio Procópio, Ponta Grossa e Campo Mourão, que atualmente atendem 15.363 estudantes, distribuídos em 40 cursos de graduação (Ciências, Engenharia e Tecnologia), seis cursos técnicos, 41 especializações, quatro cursos de mestrado e um curso de doutorado. A UTFPR contará com 1.330 professores, 539 técnicos administrativos e um orçamento anual de R$ 98 milhões, e, de acordo com Cantarelli, apresentará novas opções de curso já em 2006.
?Já possuímos estrutura universitária, mas agora teremos melhores condições para desenvolver os cursos?, explica o diretor. Outra mudança acontecerá no ensino médio ofertado pela entidade, que voltará a ser técnico-integrado. Os cursos, 14 no total, integrarão os conteúdos do ensino médio e técnico profissionalizante, com duração de quatro anos. Mas, por enquanto, apenas troca de nomenclatura: o diretor-geral do Cefet, Eden Januário Netto, agora passa a ser o reitor da UTFPR, o vice-diretor, João Luiz Kovaleski, passa a ser vice-reitor e o Conselho Diretor também mudou para Conselho Universitário.
A presidente do Sindicato dos Professores do Cefet (Sindocefet-PR), Nanci Stancki, espera que a transformação garanta mais financiamento para pesquisas por parte dos docentes e alunos. ?A categoria também anseia que a mudança signifique criação de cursos e, conseqüentemente, mais contratações?, diz. Segundo Cantarelli, a transformação da instituição não representará perda de empregos, já que todos os professores serão mantidos. ?Os cursos técnicos terão também um núcleo de matérias comum, e por isso os professores serão mantidos.?