Cefet-PR promove ato público contra violência

Na manhã ensolarada de ontem, em Curitiba, cerca de 250 pessoas, entre alunos, professores e servidores do Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná (Cefet-PR), realizaram um ato público contra a violência em frente à instituição. Conforme o presidente em exercício da Associação dos Servidores do Cefet (Ascefet), Rodrigo Deren Destefani, o ato faz parte de várias atividades a serem realizadas nas próximas semanas, para reclamar da violência na região. Os manifestantes lembraram da morte do professor Mauro Rodinsk, 60 anos, que aconteceu no dia 29 de abril, quando ele reagiu a um assalto e levou um tiro na barriga.

Durante o ato, os participantes fecharam parte da Avenida Sete de Setembro e passaram um abaixo-assinado pedindo melhor policiamento que, segundo uma das diretoras da Seção Sindical dos Docentes (Sindocefet-PR), Zenaide Possas, deverá ser entregue nas próximas semanas ao secretário de Estado da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazzari. A professora afirmou que haverá outro ato público, quando o abaixo-assinado for entregue.

Destefani disse que a Polícia Militar está se comprometendo a participar de todas as ações que o Cefet-PR realizar sobre segurança. Segundo ele, a região necessita de policiamento ostensivo e melhor iluminação.

Violência

Destefani afirmou também que são freqüentes os assaltos, os arrombamentos de carros e casas, além de outras ações violentas. ?Já tivemos o caso de uma professora que quase teve sua mão amputada, por causa de um ferimento à faca?.

Os estudantes também são atingidos diretamente. Há dois meses, a estudante Lilian Joyce de Souza foi vítima de assalto relâmpago entre a Rua Desembargador Westphallen e a Avenida Silva Jardim. ?Foi tudo muito rápido e levaram meu celular. A gente precisa estar seguro no colégio?. Outra aluna da instituição, Luísa Winter Pereira, 14 anos, disse que, junto com seu irmão de 11 anos, também foi vítima de assalto no ano passado, próximo ao Colégio Bom Jesus. ?Levaram o tênis e o relógio de meu irmão. Fomos ameaçados. Acho que falta policiamento?, considerou.

Um dos diretores do Grêmio Estudantil Cesar Lattes (Gecel), Rafael Kumoto, disse que a situação dos estudantes é muito difícil. ?Tenho um colega que acabou de entrar no Cefet e foi assaltado no primeiro dia de aula?.

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