A partir do dia 12, a Central de Abastecimento do Paraná (Ceasa-PR) será a terceira entre as 30 centrais oficiais do País a ter um laboratório para classificação dos hortifrutigranjeiros. Neste processo, os produtos serão separados por variedade, cor, tamanho e qualidade. Para o diretor técnico da Ceasa, Manoel Lopes de Andrade, a classificação é um estímulo para a ampliação de mercado, além de reduzir as perdas.
Segundo a engenheira agrônoma Márcia Koroll, responsável pelo laboratório, a classificação é diferente da simples seleção porque é feita com base em padrões oficiais de identidade e qualidade. Até o fim do ano o laboratório analisará e classificará batatas, cebola, tomate, alho, abacaxi, uva rústica, uva fina e kiwi.
O presidente do Instituto Genesis, responsável pelo laboratório, Henrique Victorelli, diz que a classificação é um pré-requisto para a rotulagem dos hortifrutigranjeiros, seguindo a atual legislação estadual. Para ele, este é um processo onde todos ganham. ?O Código de Defesa do Consumidor também estará sendo colocado em prática. A dona de casa, ao comprar uma fruta ou legume terá a certeza de que o produto é saudável e seguro. Os varejistas também ganham, porque passam a ter a preferência dos consumidores, e o produtor, na outra ponta da cadeia, ganhará mais porque será remunerado pela qualidade do seu produto?, diz. Para Henrique, o sistema também trará impacto positivo para as compras públicas de alimentos para hospitais, escolas e creches porque haverá garantia da qualidade.
Já o diretor técnico da Ceasa destaca que ?a classificação aumentará a eficiência nas etapas da comercialização e reduzirá perdas, uma vez que produtos com embalagens e especificações padronizadas têm manuseio facilitado para o transporte, empilhamento, armazenamento, conferência e exposição nas gôndolas dos supermercados?.
O projeto é uma parceria entre a Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento/Ceasa, a Associação Paranaense de Supermercados e o Instituto Genesis, de Londrina. Na Ceasa-PR passam 15 mil pessoas todos os dias. Há 3.834 produtores cadastrados, que comercializam 715 mil toneladas/ano e movimentam R$ 650 milhões.