Cavas traiçoeiras podem causar graves acidentes

Durante o verão, o número de pessoas que arriscam a vida para nadar nas diversas cavas da Região Metropolitana de Curitiba, aumenta quase na mesma proporção que a temperatura. Um dos lugares mais problemáticos é o rio Iguaçu. É por isso que as equipes da Guarda Municipal que fazem a proteção do patrimônio público no Parque Iguaçu e no Parque Náutico aproveitam a proximidade com as cavas para fazer a conscientização dos visitantes.

Duas viaturas e duas motocicletas da Guarda percorrem os trechos de cavas espalhados pelos dois parques. Os agentes sempre encontram pescadores e pequenos grupos de pessoas dentro da água e fazem pelo menos 10 orientações diariamente sobre a proibição de banho e pesca no local. Quando os nadadores são crianças, a Central de Resgate Social da Prefeitura e o Conselho Tutelar são acionados para que avisem os pais sobre a atitude dos filhos.

As cavas são formadas a partir do acúmulo de água em terrenos onde antigamente foi feita extração de areia em larga escala. O terreno do fundo é irregular, cheio de buracos, galhos, pedras e lixo despejado no local. A água é coberta de lodo, o que dificulta o trabalho de localização de vítimas feito pelo Corpo de Bombeiros.

Também há muitos dejetos sanitários devido a ligações clandestinas de esgoto feitas por moradores da região.

O número de vítimas tinha diminuído nos últimos anos, com o trabalho preventivo executado em parceria pela Guarda Municipal e os bombeiros. Em 2001, aconteceram 16 mortes por afogamento no local. Em 2002, foram quatro ocorrências, mesmo número registrado no ano passado. Neste ano, ainda não aconteceram acidentes no Parque Iguaçu, mas em outras cavas da região metropolitana já foram registrados cinco mortes por afogamento na última semana.

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