Alerta no verão

Cavas fazem mais vítimas do que o litoral

Risco extremo de afogamento e condições impróprias para banho, pesca ou prática de esportes náuticos tornam as cavas locais proibidos e que devem ser evitados pela população.

“Infelizmente, as pessoas ignoram as placas de alerta e sinalização e insistem em entrar nas águas”, afirma o inspetor Carlos Celso dos Santos Jr., da Guarda Municipal.

Ele explica que mais gente morre nas cavas na região de Curitiba do que em todo o litoral do Paraná, no período de verão. A maioria dos casos ocorre por imprudência das vítimas, em geral crianças e jovens de baixo poder aquisitivo, que muitas vezes estão no local acompanhadas por seus pais.

Segundo ele, o perigo é maior nas cavas do que no mar porque o fundo das mesmas é totalmente irregular, podendo chegar a até 10 metros de profundidade em alguns trechos. Também há buracos e muito lodo no fundo, o que torna o local uma armadilha para quem se aventura a pular nas águas.

As placas que alertam sobre o perigo das águas são bem visíveis, conservadas e estão localizadas ao longo da margem do rio. No caso do Parque Passaúna, que tem 6,5 milhões de metros quadrados de extensão, a fiscalização é tarefa difícil.

“Temos homens da Guarda permanentemente no local orientando a população, mas o parque é muito grande e, em finais de semana de verão, chega a receber mais de três mil visitantes”, comenta o inspetor.

Iguaçu – A Guarda Municipal também mantém fiscalização 24 horas por dia e um módulo instalado no Parque Náutico, onde estão as cavas do Iguaçu. “Diariamente, temos situações de orientação a pessoas que querem entrar nas águas”, conta o inspetor José Carlos Felipus Costa, responsável pela ação da Guarda no local.

Numa ação recente, a Secretaria Municipal da Defesa Social instalou duas faixas no parque, alertando sobre o perigo das águas. “Espero que isso ajude a reduzir os casos de crianças e jovens que entram indevidamente nas águas”, diz.

A gerente do departamento de Parques e Praças da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Walkíria Pizzatto Lima, comenta que o problema se estende a todos os parques da cidade que contam com lagos. “A população deve estar atenta às placas que sinalizam sobre a proibição de banho e pesca nestes locais”, diz.

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