Causa do incêndio na Tuiuti desconhecida

Foram mais de sete horas até que o Corpo de Bombeiros (CB) conseguisse controlar as chamas que atingiram parte do campus Champagnat da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), em Curitiba, na noite da última terça-feira. O fogo, que começou por volta das 19h30, foi controlado somente às 3h de ontem. Apesar das proporções do incêndio, de causa ainda desconhecida, a instituição informou ontem que boa parte das instalações foi preservada. A universidade também anunciou que o início das aulas, programado para a próxima segunda-feira, não será alterado, e que os alunos serão redistribuídos pelos outros campi da instituição.

O incêndio, que destruiu pelo menos 10 mil dos 18 mil metros quadrados do prédio histórico do campus, segundo cálculos do Corpo de Bombeiros, resultou em prejuízos ainda não calculados pela universidade. Durante todo o dia de ontem, os bombeiros permaneceram no local fazendo prevenção e serviço de rescaldo. O prédio de 1926, em ruínas, ainda atraía muitos curiosos, além de alunos e pacientes atendidos nos laboratórios de saúde do campus, onde funcionavam os cursos de Ciências Biológicas, Odontologia, Biomedicina, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição, Medicina Veterinária, Psicologia e Terapia Ocupacional.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, foram necessárias 18 viaturas. Foram dez de combate a incêndios, para controlar a situação no local. Intensificado pelo vento forte, o fogo se alastrou rapidamente pela construção, composta em sua maior parte por madeira. A corporação informou ainda que grande parte do telhado e do forro, além do assoalho, ruíram, possibilitando apenas o ataque externo por parte dos 50 homens que trabalhavam no local. Foram usados cerca de 500 mil litros de água para conter as chamas.

Em nota, a UTP lamentou o incêndio e informou que o novo ensalamento dos 3,8 mil alunos que estudam no local será divulgado no sábado, no site da instituição (www.utp.br) e pelo fone 0800 41 0800. O atendimento administrativo dos cursos mantidos no Campus Champagnat foi transferido para a Central de Atendimento do Campus Barigüi (Rua Sydnei A. Rangel Santos, 238, Santo Inácio, entrada do bloco A) e o atendimento das clínicas ficará temporariamente suspenso. A orientação para os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) é que procurem informações sobre a continuidade do tratamento nos postos de saúde responsáveis pelo encaminhamento.

Laudo técnico só será divulgado em 30 dias

O Instituto de Criminalística, que manteve peritos no local durante o dia de ontem avaliando o prédio, não comenta por enquanto se já existem suspeitas quanto às causas do incêndio. Por meio da assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Segurança Pública, o instituto informou que um laudo conclusivo sobre o caso deve sair somente dentro de 30 dias. O motivo, segundo a assessoria, é que trata-se de um estudo ?minucioso e complexo?, necessitando ?avaliação de fragmentos, como combustíveis e fios elétricos?.

A UTP afirma que aguardará os laudos para dimensionar os danos e para que se anuncie providências quanto às instalações que eram seguradas. No entanto, segundo um levantamento prévio feito pela universidade, pelo menos 15 das 49 salas de aula contidas no bloco foram destruídas. O setor agregava ainda laboratórios e salas das coordenadorias dos cursos.

A assessoria de imprensa da universidade informou que, embora ainda seja cedo para falar sobre a relocação das aulas práticas, que necessitam laboratórios, os alunos não serão prejudicados, nem o calendário de aulas. O motivo é que, neste início de ano letivo, os cursos prevêem aulas teóricas. A assessoria garante, porém, que as práticas terão de ser cumpridas, ?de um jeito ou de outro?. Ontem, em frente ao campus incendiado, alunos informavam que outras universidades já teriam colocado suas instalações à disposição para as aulas práticas. A UTP não confirma a informação, mas garante que as mesmas serão lecionadas dentro do previsto e admite que outras instituições estão se mostrando solidárias à universidade.

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