O tempo instável de ontem em Curitiba não foi capaz de afastar os milhares de católicos da celebração de Corpus Christi (expressão de origem latina que significa Corpo de Cristo), realizada ontem, em diversas paróquias espalhadas pelo município.
Na Catedral Basílica de Curitiba, no centro da cidade, cerca de 2,5 mil pessoas foram assistir a missa celebrada pelo arcebispo da capital, dom Moacyr José Vitti, que teve ainda a participação do padre Reginaldo Manzotti.
O tradicional tapete de serragem colorida para procissão de Corpus Christi foi feito desde a Catedral até o Centro Cívico. Já nas primeiras horas da manhã, fiéis trabalhavam na confecção do tapete para homenagear Jesus Cristo.
Anderson Tozato |
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Tradição dos tapetes de serragem. |
De acordo com o arcebispo, a celebração de Corpus Christi é uma das principais para os católicos por envolver um dos sacramentos do catolicismo: a eucaristia. “Participar deste evento significa ser grato a Cristo por nos dar de presente a eucaristia. Ela é o centro da vida da Igreja Católica, pois celebramos a presença real e substancial Dele por meio deste sacramento. Significa também lembrar a paixão, morte, ressurreição e ascensão de nosso Senhor Jesus Cristo”, informa.
Para Vitti, é sempre uma experiência nova realizar esta missa, pois a presença dos fiéis vem aumentando. “É uma alegria, um entusiasmo, ver que o povo adere a esta celebração, a confecção dos tapetes e também na procissão. Para mim, é uma bela manifestação de fé em Deus e em Cristo”, avalia.
O eletricista João Alves de Oliveira conta que participa da celebração de Corpus Christi, na catedral, há mais de 20 anos. Para ele, estar presente é acreditar no Cristo vivo.
“Eu e minha esposa fizemos questão de enfrentar o frio e a garoa para estar aqui hoje (ontem). É um motivo de orgulho e alegria para a gente celebrar o Corpus Christi”, garante.
A estudante Carla Regina de Oliveira também não se importou com a instabilidade climática e foi participar da missa. “Fui criada no meio católico e gosto de participar destas celebrações. É uma maneira também de renovar a nossa crença cristã. Mesmo se caísse um temporal, viria até aqui para acompanhar, pois considero importante celebrar a comunhão com Jesus Cristo”, comenta.
O aposentado Edivaldo Jantsch revela que já perdeu as contas de quantos Corpus Christi já participou. Ele disse que isso, para ele, é uma renovação constante de sua fé cristã. “Gosto de vir porque é uma maneira de mostrar a minha crença em Cristo. A vida precisa desta fé, pois sem ela de nada adianta”, encerra.