A estiagem, aos poucos, vai sendo amenizada com a época das chuvas, mas seus efeitos ainda serão sentidos por algum tempo. Em Foz do Iguaçu, onde se encontra um dos cartões-postais mais conhecidos do Paraná, as Cataratas do Iguaçu, a seca, somada a outros fatores, resultou na queda significativa da visitação ao Parque Nacional do Iguaçu. Só em setembro, a diminuição das visitas foi de 33% em relação ao mesmo período do ano passado. Hoje, a vazão do Rio Iguaçu na região já se encontra praticamente normalizada, com 800 metros cúbicos por segundo, mas nos meses de junho, julho e agosto, chegou a índices que deixaram à mostra os paredões rochosos e impediu, por um determinado período, a realização do passeio do Macuco.
Porém, o diretor do Parque Nacional do Iguaçu, Jorge Pegoraro, não culpa exclusivamente a estiagem e sua divulgação constante pela queda de movimento nas Cataratas. Questões ligadas à economia, como a falência da Varig e a desvalorização do dólar no Brasil, também foram decisivas. ?Nós tivemos grande perda com o fim da operação de cinco vôos diários da Varig, que traziam muitos turistas à região?, diz, lembrando que tradicionalmente, 60% dos turistas que visitam as cataratas são estrangeiros.
Outro problema foi o aumento da movimentação pelo lado argentino, pois com o dólar em baixa no Brasil, conhecer as cataratas pelo lado portenho tornou-se economicamente mais favorável aos turistas. ?O ano também coincidiu com as eleições e a Copa do Mundo, justamente em julho, um dos meses de maior movimento nas cataratas devido às férias escolares (o outro mês é janeiro)?, diz Pegoraro.
De janeiro a setembro, a queda acumulada na visitação foi de 10,8%, em relação ao mesmo período do ano passado e mesmo com a normalização da paisagem, Pegoraro está resignado com o fechamento do ano abaixo do esperado. ?Estamos projetando uma queda, até o final do ano, de 20%?.
Rodízio
Em Curitiba, o rodízio do racionamento continua suspenso, inicialmente até amanhã, quando a Sanepar faz nova avaliação do sistema de abastecimento da capital e Região Metropolitana. Porém, devido a serviços de melhorias na rede que abastece o Boqueirão, 1.990 pessoas do bairro podem ficar sem água, caso não tenham reservatório domiciliar. O serviço começa às 8h30 e deve ser normalizado ao meio-dia.