Casos de desaparecimento de crianças em 2011 resolvidos

Nos últimos dez anos, foram mais de mil desaparecimentos de crianças e adolescentes no Paraná. A Polícia Civil criou o Sicride em 1996. Os números de boletins de ocorrência feitos no Sicride tem variado ano a ano.

Em 2011, entre janeiro e novembro, houve 63 registros de desaparecimentos. Todos foram solucionados. Em 2010, foram 75 casos, todos resolvidos; em 2009, 46 casos, sendo um sem solução. Este foi o da menina Ariele Botelho, na época com dois anos, que não foi mais vista em maio de 2009 na cidade de Lidianópolis, na região norte do Paraná.

Várias razões estão por trás do desaparecimento destas crianças. Uma delas é o sequestro, que pode ter outro crime como finalidade principal. O estupro seria um exemplo. Ou ainda a “venda” de crianças no mercado internacional.

“Normalmente são crianças negligenciadas, mais solitárias, com os pais nem sempre presentes”, explica a delegada titular do Sicride, Daniele de Oliveira Serigheli.

A pessoa má intencionada em sequestrar uma criança normalmente estuda a rotina dela e aproveita os momentos de distração para cometer o crime. De acordo com a delegada, as crianças que vão para escola sozinhas são alvos mais vulneráveis do que aquelas acompanhadas pelos pais, por exemplo.

Crianças sozinhas

João Bossi lembra que a situação financeira dos pais muitas vezes força as crianças a ficarem sozinhas. “No litoral, as famílias precisam trabalhar muito nos três meses da temporada. Com isto, as crianças ficam mesmo sozinhas para que os pais possam trabalhar. Tem que cuidar bem das crianças”, avalia.

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