Os casos de dengue no Paraná aumentaram 73,8% de abril a maio deste ano. Enquanto no dia 14 de abril o boletim da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) apontava que havia 314 casos da doença, o último boletim divulgado no último dia 7 já trazia 546 casos.
Os números incluem casos autóctones, cuja infecção acontece dentro do Estado, e também os importados, que são trazidos de fora. Entre os autóctones, o salto foi de 240 casos em abril, para 435, em maio. Já os importados aumentaram de 74 para 111.
A explicação para o aumento, segundo o Coordenador do Programa de Controle da Dengue da Sesa, Ronaldo Trevisan, pode ser dada por dois fatores principais: o clima mais quente e a persistência de criadouros dos mosquitos. Noventa por cento deles estão em residências, segundo Trevisan.
Apesar do aumento, ele explica que a situação não surpreende. ?Claro que gostaríamos que o número de casos diminuísse, mas a situação está dentro do comportamento esperado da doença?, avaliou. Grande parte dos criadouros se encontra também em embalagens descartáveis, como plásticos, latas e vidros, que devem ser ensacados antes de jogar fora.
Ele lembra que é importante que a população continue cuidando com os possíveis criadouros, não acumulando água parada (seja ela limpa ou suja), lavando com esponjas os potes de água dos animais e também os pratinhos de vasos. ?Não basta não acumular água, é preciso lavar, pois os mosquitos podem depositar seus ovos nestes locais mesmo estando secos?, alertou Trevisan.
Trevisan explica que a dengue tem comportamento epidêmico, ou seja, em um ano ou dois seguidos ela pode apresentar mais casos e, no terceiro ano, ser amenizada.
