Casos de dengue batem recorde no Estado

O excesso de calor e umidade, aliado ao descaso da população, fizeram com que o ano de 2010 quebrasse o recorde no número de notificações e de casos de número de dengue no Paraná.

A informação foi divulgada ontem pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Comparado com o ano epidêmico de 2007, no período de janeiro a agosto, foram 59.195 notificações, 26.987 casos confirmados, dos quais 26.141 autóctones (contraídos no Estado) e 846 importados, contra 44.897 notificações (aumento de 31,85%) e 24.535 casos autóctones (crescimento de 9,9%).

De acordo com a coordenadora do Programa Estadual de Combate à Dengue, Marcia Gil Aldenucci, são necessários três itens para que haja casos da doença. “É preciso que haja pessoas suscetíveis à doença, o vírus circulando e o vetor do vírus, o mosquito Aedes aegypti. Embora já exista a presença do inseto há algum tempo, este ano tivemos um alto índice de infestação do mesmo, uma vez que houve muito calor e umidade, o que facilita a procriação do mosquito”, explica.

Das 22 regionais de saúde, a coordenadora informa que 14 apresentaram casos autóctones, o que representa 63,64% do total. “As regiões mais atingidas do Paraná foram o norte e o oeste.

As regionais de Maringá (8.456), Foz do Iguaçu (6.590) e Londrina (2.928) foram as com maior presença da dengue. Por municípios, a situação inverte um pouco, na qual Foz do Iguaçu (4.547) lidera, seguido de Maringá (3.636) e Londrina (1.785). Em Curitiba, todos os casos da doença são importados”, revela.

Aldenucci diz ainda que para diminuir a circulação do mosquito da dengue é necessária a participação popular. “Não está mais nas mãos da saúde o controle da dengue. É preciso que as pessoas criem consciência e fiquem mais atentas, pois a maioria dos criadouros do inseto está na própria residência. Por isso que vamos fortalecer campanhas para evitar que as pessoas deixem água parada acumulada em vasos, garrafas plásticas, pneus, entre outras coisas. Só com o comprometimento de todos é que poderemos reduzir os índices da doença no Paraná”, afirma.

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