Os casos de dengue continuam aumentando no Paraná. O último boletim da doença, divulgado ontem, apontou que já são 6.356 casos confirmados no Estado. No mês passado eram 4.797, um aumento de 32,49%.
A quantidade de notificações autóctones (contraídos dentro do Estado) cresceu 33,79%. Os doentes que estão com suspeita de terem a doença cresceram 23,61%.
Apesar dos aumentos, ainda assim os números são mais otimistas, uma vez que os boletins anteriores já chegaram a apontar aumentos de 400% de casos autóctones.
O secretário de Estado da Saúde, Carlos Augusto Moreira Júnior, explica que a diminuição pode estar ocorrendo em função do clima. Ele acredita que a partir de maio os casos vão diminuir ainda mais.
“A dengue é uma doença que tem tudo a ver com clima, se esfria os dados diminuem”, comentou. Porém, o secretário faz um apelo. “A dengue também é uma doença que tem tudo a ver com prevenção. De nada adianta fumacê ou outras medidas, que só são paliativas, se a população não contribuir e não cuidar do seu quintal”, alerta. Segundo ele, 70% dos casos de dengue no Paraná são relacionados a focos em quintais e nas proximidades.
Nessa semana, outras duas mortes por dengue foram confirmadas no Paraná: uma em Foz do Iguaçu, na região oeste, e outra em Maringá, no centro do Estado. Ao todo, nove pessoas já morreram no Paraná.
Foz, Maringá e Medianeira (também na região oeste) inclusive, são os locais com maior incidência da doença. Segundo o boletim divulgado ontem, são 1.215 casos em Foz; 823, em Medianeira; e 649, em Maringá. Já em relação à incidência por 100 mil habitantes, as cidades mais críticas são Primeiro de Maio, no norte do Paraná (2.797 casos por 100 mil habitantes), Paranacity, também no norte (2.592), e Medianeira (2.015).