A Justiça acatou o pedido de habeas corpus impetrado pelos advogados dos seguranças da empresa NF, envolvidos no conflito na Fazenda Experimental da Syngenta, em Santa Tereza do Oeste, em 21 de outubro. De acordo com a advogada Edinéia Sicbneihler, Nerci de Freitas, Alexandre Magno Winche Almeida, Alexandre de Jesus e Rodrigo de Oliveira Ambrósio deveriam deixar a prisão ainda ontem. Já os sem terra Celso Barbosa e Célia Lourenço continuam foragidos.
O pedido foi protocolado no último dia 17. Nerci, dono da empresa NF, e os outros três seguranças tiveram mandados de prisões preventiva decretados no último dia 11. Eles são acusados de homicídio doloso – pelas mortes de Valmir de Oliveira, militante da Via Campesina, e do segurança Fábio Ferreira -, tentativa de homicídio por dolo eventual, formação de quadrilha armada, exercício arbitrário das próprias razões (fazer justiça com as próprias mãos) e lesões corporais graves e leves.
Assim como os outros 15 denunciados pelo Ministério Público – oito integrantes da Via Campesina, outros seis seguranças e Alessandro Meneguel, presidente do Movimento Ruralista do Oeste (MRO) -, na última quinta-feira, os quatro prestaram depoimentos na 1.ª Vara Criminal de Cascavel. Segundo a advogada, foram quase 11 horas de audiência. ?Cada um deu sua versão sobre o que aconteceu no dia do conflito. Apenas não compareceram os dois sem terra que continuam foragidos. Para esses foi marcada uma nova data?, afirma.
