A Prefeitura de Cascavel realiza no próximo domingo teste seletivo para preencher 44 vagas temporárias para médicos e 100 de agentes de combate a endemias. Esses profissionais começam a trabalhar no fim do mês. Até lá, a população terá que ter paciência com a demora no atendimento nos postos de saúde. As vagas foram abertas em julho, quando o Ministério Público do Trabalho (MPT) exigiu a demissão dos 520 funcionários terceirizados na área da saúde. As vagas devem ser preenchidas por meio de concurso público.
A falta de trabalhadores começou em julho. O MPT pediu a demissão de todas as pessoas contratadas por intermédio da Associação Nova Aliança (ANA) e exigiu a realização de concurso público. A Prefeitura fez o processo seletivo, mas não conseguiu preencher todas as vagas. Das 84 destinadas a médicos, apenas 40 foram ocupadas e, das 158 para agentes de combate a endemias (como a dengue), só 58 foram preenchidas, por exemplo.
Os profissionais que passaram no concurso público já assumiram os cargos, mas ainda restam vagas. Até que a Prefeitura consiga realizar outro concurso público, o Tribunal de Contas (TC) do Estado autorizou a contratação temporária para preencher esses cargos. Além da prova escrita, os candidatos também precisam ser aprovados em exame médico.
O resultado do teste seletivo só deve sair no final do mês. Segundo o secretário municipal da Saúde, Nadir Willi, para que a população não seja prejudicada, os médicos da rede municipal de saúde estão fazendo hora extra. No entanto, reconhece que a situação só será normalizada no início de setembro. ?Mas estamos minimizando o problema?, falou.
Salário
A Prefeitura está oferecendo aos médicos salário de R$ 1.618,81 para 15 horas de trabalho por semana. Mas esse valor parece que não está agradando a categoria. Só 36 se inscreveram para participar da prova, sendo 30 clínicos gerais e seis pediatras. Ainda vão ficar em aberto oito vagas. Mesmo com esses profissionais a menos, Nardi acha que será possível contornar a situação até a realização de outro concurso público nas próximas semanas.
O serviço de saúde mental também está sendo afetado. Uma parte dos médicos e monitores do Centro Integrado de Apoio Profissional (Ciap) contratados por uma organização da sociedade civil de interesse público (Oscip) também foram demitidos. O centro está funcionado precariamente. Segundo Nardi, na próxima semana haverá um encontro no Conselho Municipal de Saúde e será definido se a Prefeitura pode contratar estes profissionais por meio da aprovação de projetos a serem implantados nessa área.